O testemunho em discurso direto do padre Manuel Carreira, o primeiro missionário da Consolata português, encerra com «chave de ouro» o dossier da Fátima Missionária sobre a semana vocacional
O testemunho em discurso direto do padre Manuel Carreira, o primeiro missionário da Consolata português, encerra com «chave de ouro» o dossier da Fátima Missionária sobre a semana vocacionalao falar de vocação temos, logo de início, de fazer uma distinção entre vocação em geral que é própria de cada pessoa, e a vocação para o sacerdócio para a vida consagrada e celibatária. Neste dia e nesta semana falou-se especificamente da vocação sacerdotal. Neste sentido podemos dizer que este tipo de vocação está em crise sobretudo na Europa e na américa do Norte. Toda a vocação exige uma opção forte entre duas ou mais hipóteses; uma fé profunda e a certeza de que o chamamento vem de Deus. No meu caso particular o percurso da vocação foi algo complexo. aos 11 anos terminada aquartaclasse, houve o primeiro debate: Ir para o seminário por ver ir os outros. Na Caranguejeira (Leiria) havia muitos seminaristas, cheguei a ter o exame de admissão feito para entrar no seminário do Espírito Santo. Cheguei mesmo a ter o enxoval pronto com o número de roupa 79 para entrar. Uns dias antes ‘neguei-me’ e disse aos meus pais que já não queria ir.começo tudo do princípio a ser um rapaz igual a todos os agricultores, talvez comerciante da minha aldeia. até que, aos 18 anos rebenta a semente da vocação que estava adormecida. Num retiro em Fátima, em agosto de 1944, falei com o padre João De Marchi que vinha de Itália para abrir um seminário das missões de Nossa Senhora de Fátima e não tive mais dúvidas. No dia 3 de outubro de 1944 entrei a fazer parte do primeiro grupo de alunos com os quais o padre De Marchi iniciou o seu seminário. a partir daí nunca mais tive dúvidas sobre a vocação.