Várias organizações internacionais alertaram para a presença de quase meio milhão de refugiados no Paquistão, junto à fronteira do afeganistão. a emergência foi provocada pela ação do exército contra a rebelião no noroeste do país
Várias organizações internacionais alertaram para a presença de quase meio milhão de refugiados no Paquistão, junto à fronteira do afeganistão. a emergência foi provocada pela ação do exército contra a rebelião no noroeste do paísas ações bélicas contra a rebelião em Khyber, pequena região tribal na fronteira com o afeganistão, onde existem muitos grupos talibãs, provocaram desde janeiro o êxodo de 440 mil pessoas, segundo o Fórum Humanitário do Paquistão (PHF). Os deslocados sofrem com a escassez de mantimentos e necessitam de ajuda humanitária. a chegada de refugiados internos teve um pico no começo de abril e, embora o ritmo tenha diminuído agora, eles continuam a chegar em grande número, informou David Wright, da organização não governamental (ONG) Save The Children. as organizações humanitárias denunciaram que só uma pequena parte deles está alojada no campo de refugiados de Jalozai. Os mais necessitados são os que estão fora dos campos. a PHF explica que cerca de 90% dos refugiados não quiseram ir para Jalozai por questões culturais. Preferem ficar perto de conhecidos e familiares na região, mesmo sofrendo com a carência de alimentos, água e serviços básicos. O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) confirmou a chegada dos refugiados provocada pelos combates em Khyber, embora discorde dos números apresentados e das carências dos refugiados. Segundo os nossos registos, desde janeiro chegaram pouco mais de 200 mil pessoas e pouco mais de 10% está no campo de Jalozai, afirmou Tim Irwin, do aCNUR no Paquistão. Os que ficaram de fora fizeram-no de própria vontade. Segundo David Wright, o aCNUR só contabiliza as pessoas que são registadas pela agência, o que dá origem a estas diferenças de informação. O processo de registo dura três dias e muitas famílias preferem evitar”. O responsável frisou que a PHF trabalha com cálculos feitos pelas autoridades locais. Desde o final do ano passado, o exército luta contra a rebelião pelo controle estratégico do triângulo formado pelas áreas de Khyber, Orakzai e Kurram. a região encontra-se situada junto á fronteira com o afeganistão e próxima de diversos enclaves talibãs.