Bento XVI pede medidas para travar o turismo que procura o tráfico de seres humanos para fins sexuais, transplante de órgãos e exploração infantil
Bento XVI pede medidas para travar o turismo que procura o tráfico de seres humanos para fins sexuais, transplante de órgãos e exploração infantil Numa mensagem enviada aos participantes no VII Congresso Mundial da Pastoral do Turismo, que se iniciou esta segunda-feira, em Cancun, o Papa sublinhou que as viagens de férias e lazer surgem como um espaço privilegiado para a restauração física e espiritual, permitem o encontro de pessoas pertencentes a diferentes culturas, e devem ser aproveitadas para estar mais perto da natureza, favorecendo a escuta e a tolerância, a contemplação e a paz, o diálogo e a harmonia. Como em toda realidade humana, o turismo não está isento de seus perigo e elementos negativos. Esses são males que devem ser abordadas com urgência, uma vez que violam os direitos e a dignidade de milhões de homens e mulheres, especialmente os pobres, crianças e deficientes. O turismo sexual é um dos mais abjetos desses desvios devastadores do ponto de vista da saúde moral e psicológica, da vida das pessoas, das famílias e, por vezes, de comunidades inteiras, afirmou Bento XVI. Em alguns locais turísticos, infelizmente, verifica-se ainda o tráfico de seres humanos para fins sexuais ou para transplantes de órgãos e a exploração infantil, adiantou o Sumo Pontífice, pedindo aos elementos da pastoral e a toda a comunidade internacional que aumentem a vigilância para prevenir essas aberrações. Tendo em conta esta realidade, o Papa destacou três áreas fundamentais para serem analisadas no congresso. Em primeiro lugar, é preciso iluminar esse fenómeno com a doutrina social da Igreja, promovendo uma cultura de turismo ético e responsável. Depois, é importante preparar o anfitrião e organizar excursões respeitando sempre a função sagrada e litúrgica dos monumentos a visitar. Por fim, a pastoral do turismo deve acompanhar os cristãos no gozo das suas férias, de modo a que sejam benéficas para seu crescimento humano e espiritual, frisou Bento XVI.