“Disse o Senhor Jesus a Tomé: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que acreditam sem terem visto»”, relata o evangelho da missa do segundo domingo de Páscoa
“Disse o Senhor Jesus a Tomé: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que acreditam sem terem visto»”, relata o evangelho da missa do segundo domingo de PáscoaNaqueles dias, ainda muito perto, no tempo, da experiência extraordinária da ressurreição de Jesus, todos os que tinham abraçado a fé em Cristo andavam unidos e possuíam tudo em comum. Eram assíduos à união fraterna e às orações, narra a primeira leitura da missa). ao lançarmos um olhar à situação geral da humanidade, vemos que as coisas são hoje bastante diferentes do acima descrito. aqui, na nossa terra que todos amamos, reinam crises de muitos tons e formas. Uma alta percentagem da população sofre privações dolorosas, especialmente os mais pobres. Mas o mais triste é ver o leque enorme de ideologias, contrárias umas às outras, que se agridem ferozmente. Oposições entre partidos políticos, rejeição dos esforços para resolver os problemas, manifestações violentas, vinganças partidárias, críticas e super-críticas de todos os lados.

Se ao menos tivéssemos a inteligência de nos comportarmos como aqueles dois burros, atados um ao outro por uma corda de cinco metros, entre dois montes de palha, distantes um do outro sete metros. Puxava cada um deles para seu lado com toda a força. Mas, claro, não conseguiam chegar à palha. até que uma luzinha de juízo, ou de inspiração, brilhou neles. Foram-se os dois ao monte de palha da esquerda e comeram-no juntos. Depois foram-se ao da direita e juntos o comeram. Deus do céu! Dois burros a darem uma lição de boa camaradagem ao mundo dos seres humanos!

Diz-nos o Espírito Santo pela boca de São Paulo na segunda leitura: Bendito seja Deus que, na sua grande misericórdia e pela ressurreição de Jesus Cristo, nos fez renascer para uma esperança viva. Uma esperança que todos juntos temos de tornar realidade. É hoje o domingo da Misericórdia de Deus para connosco; misericórdia nossa para com os que mais estão a sofrer na nossa terra. Que raça de exemplo dão aos jovens os grandes que se agridem uns aos outros, alheios às dores de tanta gente? a união faz a força e não a divisão.com o apóstolo Tomé, do evangelho de hoje, toquemos as chagas de Cristo, coloquemos a nossa mão na chaga do seu coração. Unidos, trabalhemos para tocar e sarar as chagas dos nossos compatriotas que mais sofrem. Unamo-nos e a nossa esperança ficará cheia de vida. Concretizar-se-á em cânticos de regozijo pela vitória comum sobre a crise. acreditemos que juntos podemos vencer, pois a fé tem muito mais valor que o oiro (segunda leitura).como os discípulos do evangelho, também nós ficaremos cheios de alegria, ao vermos realizadas entre nós as promessas de Jesus Cristo e da Virgem Maria, nossa padroeira, que, através dos tempos, tanto amor nos têm mostrado. Nós e eles: vitória!