Nesta quinta-feira, às 6h locais, passou a vigorar o cessar-fogo na Síria de acordo com o ultimato fixado pelo enviado das Nações Unidas, Kofi annan, para acabar com a violência no país. O regime sírio avisou que reprimirá qualquer ataque “terrorista”
Nesta quinta-feira, às 6h locais, passou a vigorar o cessar-fogo na Síria de acordo com o ultimato fixado pelo enviado das Nações Unidas, Kofi annan, para acabar com a violência no país. O regime sírio avisou que reprimirá qualquer ataque “terrorista”acusado em várias ocasiões pela comunidade internacional de não cumprir os seus compromissos, o regime de Bashar al-assad enfrenta mais uma prova nesta quinta-feira. Os Estados Unidos já advertiram que julgarão Damasco pelo que faz e não pelo que diz. O regime sírio tem reprimido de forma sangrenta a oposição, tendo já causado mais de uma dezena de milhares de mortos, desde o início da revolta contra o regime, a 15 de março de 2011. a suspensão das operações militares nesta quinta-feira foi acompanhada de uma advertência do governo aos rebeldes, que também prometeram respeitar a trégua. O regime sírio deveria ter retirado suas tropas das cidades em conflito na terça-feira, de acordo com a primeira fase do plano elaborado pelas Nações Unidas e a Liga Árabe, mas tal não aconteceu. Na quarta-feira, 11 de abril, horas após a entrada do plano em vigor, os militares do regime mataram 25 civis, 10 deles num bombardeamento na província de Homs, em poder dos rebeldes há meses. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, angela Merkel, destacaram nesta quarta-feira a necessidade de uma ação mais decidida do Conselho de Segurança da ONU, onde Rússia e China, aliados de Damasco, têm bloqueado as resoluções que condenam a repressão. a queda dos governos da Tunísia e Egito e a guerra da Líbia originaram o que se chama a «Primavera Árabe, que vive na Síria um de seus momentos mais complexos. Em meados do primeiro semestre de 2011, os sírios começaram a sair às ruas para pedir reformas políticas e mesmo a renúncia do presidente Bashar al-assad. Mas os protestos começaram, pouco a pouco, a ser reprimidos, colocando em xeque tanto o governo de Damasco como a própria oposição da Síria. a partir de junho de 2011, a situação síria complicou-se e os ataques às embaixadas dos EU a e França, em Damasco, aumentaram o tom das críticas do Ocidente. a Liga Árabe, principal representação das nações árabes, manifestou-se sobre a crise e, posteriormente, decidiu a suspensão da Síria do grupo, aumentando ainda mais a pressão ocidental. Damasco resiste. Observadores árabes foram enviados à Síria para investigar o massacre de opositores, sem surtir grandes efeitos. Em fevereiro de 2012, quando se completavam 30 anos do massacre de Hama, as forças de assad iniciaram uma investida contra Homs, reduto da oposição. a ONU preparou um plano que negociava a saída pacífica de assad, mas a Rússia e a China vetaram a resolução.