Especialista em estudos de mercado considera que o potencial da «marca Páscoa» tem sido desaproveitado e sugere a criação de uma «semana da ressurreição»
Especialista em estudos de mercado considera que o potencial da «marca Páscoa» tem sido desaproveitado e sugere a criação de uma «semana da ressurreição» «Como técnico de estudos de opinião, digo que há ainda mercado para falar da ressurreição ao mundo e isso deveria ser feito «agora, no tempo da ressurreição, porque é prova de que Deus intervém e muda tudo, afirmou Carlos Liz, em entrevista publicada esta terça-feira no semanário da agência ECCLESIa. O sócio-gerente da aPEME – Estudos de Mercado e Opinião considera que a Igreja tem desperdiçado a época pascal, adotando uma «linguagem cíclica e desaproveitando o potencial da «marca Páscoa. Se fosse criada uma «semana da ressurreição, como sugere, gerava-se uma oportunidade para responder à disponibilidade que a sociedade tem para «ouvir explicações e formas de ver o mundo que ultrapassam a vulgaridade. Para Carlos Liz, existe um «desequilíbrio entre o humano e o divino na tradição das celebrações pascais. «as procissões, no tempo do sofrimento, têm uma desproporção enorme comparado ao tempo da ressurreição, onde não há uma procissão ressuscitadora, explica o especialista, indicando que do ponto de vista simbólico existe «muito sofrimento e pouco espaço para saborear a «novidade da Páscoa que é a «transformação e intervenção direta de Deus na História. Segundo o técnico, «falta romper a linguagem cíclica com que a Igreja fala onde a «revolução trazida pela ressurreição acaba por ficar diluída dentro de um discurso já ouvido. Mais do que falar da alegria pascal, Carlos Liz aponta a surpresa da ressurreição, enquanto «fator único e «identitário na proposta da Igreja católica que o deve «comunicar com força e «coragem.