O local para celebrar a Páscoa foi escolhido apontando “o dedo no mapa”. Depois foi “só telefonar e combinar”. Situa-se a meio caminho entre Viana do Castelo e Caminha, nas paróquias de amonde, Orbacém e Gondar
O local para celebrar a Páscoa foi escolhido apontando “o dedo no mapa”. Depois foi “só telefonar e combinar”. Situa-se a meio caminho entre Viana do Castelo e Caminha, nas paróquias de amonde, Orbacém e Gondar

O sol já se esconde por trás dos montes. Do meio do casario, desponta a torre da igreja que acolhe pouco mais de meia centena de fiéis. Cerca de metade são jovens e crianças, o que não é vulgar nas aldeias do interior. Misturam-se com adultos e idosos envolvidos em seus trajes escuros. Estamos na igreja de Gondar, Viana do Castelo, ao cair da tarde. Se não te lavar os pés [a Pedro], não terás parte comigo, repete o celebrante Jorge amaro, missionário da Consolata, recordando o gesto de Jesus lavar os pés aos discípulos na última Ceia, para explicar que o amor é serviço. E lembra: Quem não serve não é útil aos outros, nem a si próprio. O missionário choca os presentes com a afirmação: Não queirais ser felizes!. Mas logo lhes explica que se trata da felicidade entendida como satisfação dos próprios caprichos. a felicidade verdadeira consiste em ser útil aos outros. ao passo que, na sociedade atual, quando alguém diz que quer ser feliz, pensa em si próprio. O sinal de que se procura a felicidade autêntica é quando penso nos outros. O caminho da grandeza e do poder é servir os outros. Três jovens da Consolata, juntamente com o missionário Jorge amaro, levam a mensagem pascal às três pequenas comunidades da diocese de Viana do Castelo: amonde, Orbacém e Gondar. Bem acolhidos pelas populações locais, depois de apresentados pelo pároco, testemunham durante o tríduo pascal a sua fé missionária com o seu jeito próprio.com uma linguagem diferente de gestos e ritos, captam a simpatia sobretudo dos jovens, que afirmam: É uma nova experiência. a novidade até passa por gestos simples e antigos que eles desconheciam: Nunca tínhamos visto o lava-pés.