Bento XVI decidiu enviar 100 mil dólares para apoiar a população Síria exausta com a violência. O enviado do Papa já está na Síria para entregar a ajuda e para encontros previstos com a hierarquia católica localBento XVI decidiu enviar 100 mil dólares para apoiar a população Síria exausta com a violência. O enviado do Papa já está na Síria para entregar a ajuda e para encontros previstos com a hierarquia católica local a Igreja católica síria está empenhada em ações de apoio através dos seus organismos envolvidos em projetos de assistência, sobretudo na área de Homs e de aleppo. O donativo do Papa reforça a capacidade de intervenção junto das populações mais desgastadas pela violência. São conhecidos os repetidos apelos do Santo Padre para a cessação da violência na Síria e para que se encontre uma via de diálogo e de reconciliação entre as partes em conflito, em vista da paz e do bem comum, afirmou o secretário do Conselho Pontifício Cor Unum, o bispo Dal Toso, enviado do Papa. Enquanto os confrontos se sucedem, também em Damasco e noutras cidades, causando numerosas vítimas, o ministro do Negócios Estrangeiros sírio continua a afirmar que a tentativa de derrubar o governo faliu de uma vez por todas. Segundo o governante, a retirada do exército das cidades só será definitivo quando houver paz. Entretanto o enviado das Nações Unidas, Kofi annan, já admoestou o governo sírio para que respeite o acordo internacional que prevê o cessar-fogo imediato. Em entrevista à Rádio Vaticano, o jesuíta Paulo Dall’Oglio, fundador do mosteiro sírio de Deir Mar Musa, afirma que este frágil acordo internacional é, até ao momento, a única âncora de salvação oferecida a esta sociedade que, com o Domingo de Ramos, entra numa verdadeira semana de paixão. Cristãos e muçulmanos procuram juntos aliviar os enormes sofrimentos de muitas famílias. Há centenas de milhar de pessoas que tiveram de abandonar as suas casas. O jesuíta lamenta que os cristãos na Síria estejam divididos entre eles. Há duas visões diferentes de olhar para a realidade: Uma é a partir dos próprios medos, outra a partir do desejo evangélico de ser solidário com todos. Nesta ocasião de proximidade das festividades cristãs o religioso afirmou: Creio que a Páscoa reúne todos os filhos de abraão, cristãos, hebreus e muçulmanos, que são os nossos vizinhos e que fazem festa connosco. Todos podemos olhar para Jerusalém com esperança. Que a esperança seja mais forte. Que seja construída sobre as promessas graníticas do Senhor.