Em Fátima, o negócio está fraco e os comerciantes duvidam até do próprio mês de maio, o mais forte do ano. as pessoas queixam-se da crise e estão muito «receosas» em relação ao futuro
Em Fátima, o negócio está fraco e os comerciantes duvidam até do próprio mês de maio, o mais forte do ano. as pessoas queixam-se da crise e estão muito «receosas» em relação ao futuroO comércio está «muito fraquinho, garante Elisa Caseiro, dona de uma praceta [loja pequena] localizada perto do Santuário de Fátima. Há já 14 anos que atua no ramo do comércio religioso e duvida até do próprio mês de maio, em que se assinala o aniversário das aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, e portanto o mais forte do ano. «Não sei se vai equilibrar. Vê-se que as pessoas não têm dinheiro para comprar, observa. De acordo com a comerciante, as pessoas deixaram de comprar todo o tipo de artigo, incluindo terços e imagens religiosas. apenas as velas e os artigos mais baratos mantém o interesse. Não só os portugueses deixaram de comprar mas também os estrangeiros. Os brasileiros são os que compram mais, revelou à Fátima Missionária. «Há menos, bastante menos principalmente nos últimos dois anos, confirma Hermínia Pereira de Jesus que trabalha na loja do Hotel Cinquentenário, há 16 anos. Os artigos pequenos e os mais baratos são os que têm mais procura. Pelo contrário, os artigos decorativos, os que são feitos em madeira, os mais caros verificam um decréscimo. as pessoas têm menos poder de compra, nota. Quanto ao mês de maio afirma: «Sou pessimista. acredito que melhore um dia mas não já. Estou convencida que este ano vai ser pior. Deus queira que eu me engane. Já Nina Milliam, que trabalha na pastelaria Milano há sete anos, está otimista em relação ao 12 e 13 de maio: «Vai ser bom porque também vai calhar ao sábado e ao domingo. Também observa uma redução considerável no consumo em relação aos anos anteriores. Crise económica e desemprego são os motivos que assinala para justificar a redução na procura. «Por exemplo, agora é só um café e dantes compravam mais bolos para levar para casa. Os clientes queixam-se da crise e estão muito receosos em relação ao futuro: «as pessoas têm mais medo do que possa acontecer daqui para frente.