Responsável da Santa Sé pela relação da Igreja com a arte e o pensamento considera que o Santuário promove a união entre as culturas e oferece momentos únicos de introspeção
Responsável da Santa Sé pela relação da Igreja com a arte e o pensamento considera que o Santuário promove a união entre as culturas e oferece momentos únicos de introspeção Convidado pelo bispo de Leiria-Fátima para presidir à peregrinação aniversária de maio, o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Gianfranco Ravasi, quer aproveitar o momento para destacar a importância da Cova da Iria enquanto local de encontro espiritual e de promoção da interculturalidade. «Penso apelar para a descoberta da riqueza da diversidade e pluralidade das culturas, que um lugar como Fátima acolhe e potencia, afirmou o cardeal, em entrevista à sala de imprensa do Santuário. Embora esteja ainda a preparar a mensagem que pretende deixar aos peregrinos, o especialista em estudos bíblicos já tem alguns pontos que pretende focar, além da pluralidade de culturas. Primeiro, deseja «valorizar o santuário como lugar da escuta da Palavra de Deus. Depois, chamar a atenção para a experiência única que o local proporciona aos peregrinos, ao permitir que cada um se encontre consigo mesmo, no silêncio, distanciando-se «de tanta superficialidade a que parece obrigar a agitação da vida contemporânea. Desafiado a pronunciar-se sobre um dos temas que mais se fala na atualidade – a crise -, Gianfranco Ravasi disse: « a crise que vivemos é de ordem global. Não é apenas financeira. a queda das ideologias levou à queda dos valores. É importante interessar-se pelos problemas económicos como primeiro capitulo e como expressão de uma dificuldade muito mais vasta.com a economia importa conjugar a cultura, a educação, a formação.