Recebido no aeroporto internacional de Santiago de Cuba pelo presidente Raul Castro, Bispos cubanos e um grupo de fiéis, o Papa recordou a histórica “visita de João Paulo II, que deixou uma marca indelével no Espírito das pessoas”Recebido no aeroporto internacional de Santiago de Cuba pelo presidente Raul Castro, Bispos cubanos e um grupo de fiéis, o Papa recordou a histórica “visita de João Paulo II, que deixou uma marca indelével no Espírito das pessoas” a sua passagem pela ilha foi como uma brisa suave de ar fresco que deu novo vigor à Igreja em Cuba afirmou Bento XVI, recordando a histórica visita de João Paulo II, há 14 anos. Iluminou a esperança e estimulou o desejo de trabalhar com audácia por um futuro melhor. Um fruto importante dessa visita foi uma nova fase nas relações entre a Igreja e o Estado cubano, num espírito de maior colaboração e confiança. Referindo a celebração dos 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, o Papa sublinhou que esta devoção a Nossa Senhora manteve a fé e encorajou a defesa e promoção do que dignifica a condição humana e dos seus direitos fundamentais. Cuba recebe o Papa com afeto e respeito, afirmou Raul Castro, lembrando os sacrifícios feitos pelo povo em prol do direito à liberdade, à paz e à justiça, numa alusão ao embargo decretado pelos Estados Unidos da américa. O verdadeiro rosto da pátria é o rosto da justiça e da paz, disse o presidente cubano, que destacou as boas relações diplomáticas com a Santa Sé, que existem há 77 anos, de forma ininterrupta. Na homilia da missa desta segunda-feira à tarde, festa da anunciação do Senhor, em Santiago de Cuba, o Papa refletiu sobre a Virgem Maria que representa a imagem e o modelo da Igreja, mostrando conhecer o esforço, audácia e abnegação demonstradas pelos fiéis cubanos para fazer refletir, nas circunstâncias concretas do país, o verdadeiro rosto da Igreja. a concluir, Bento XVI evocou especialmente o lugar do matrimónio e da família na concretização do projeto de Deus, com a incomparável dignidade de cada vida humana. E lembrou: Cuba tem necessidade do testemunho de fidelidade dos esposos, da sua unidade, da sua capacidade de acolher a vida humana. O Papa concluiu com um apelo aos católicos cubanos, para que vivam de Cristo e para Cristo, lutando – com as armas da paz, do perdão e da compreensão, para construir uma sociedade aberta e renovada, uma sociedade melhor, mais digna do homem, que reflita a bondade de Deus.