a palavra martí­rio remete para o testemunho de quem testemunha, envolve a pessoa na sua totalidade
a palavra martí­rio remete para o testemunho de quem testemunha, envolve a pessoa na sua totalidadeDá-se testemunho da novidade do Reino, de uma vida que o mundo não conhece. Testemunha de uma vida que não se conhece e por isso se persegue e calunia. O conceito de martírio presente na Tertio Millenino é já conhecido: «a morte violenta e voluntária por não renunciar à fé em Cristo. Cada católico tem que ser um mártir, uma testemunha da mensagem de Deus tem que proclamar livremente, diante dos homens. O mártir é quem melhor manifesta a humanidade que é animada pelo Espírito de Deus. É um verdadeiro dom e a suprema prova de amor. «Todos devemos estar dispostos a morrer pela nossa fé, mesmo que muitas vezes Deus não nos ofereça esta honra, disse Monsenhor Romero. Permitam-me transcrever excertos da sua homilia no 6º domingo de Páscoa: «Dar a vida não é só que matem alguém; ter espírito de mártir é dar no dever, no silêncio, na oração, no cumprimento honesto do dever; nesse silêncio da vida quotidiana, ir dando a vida, como a mãe que sem alarmes e medos, com a simplicidade do martírio maternal dá à luz, dá de mamar, faz crescer, cuida com carinho do seu filho. No nosso século voltaram os mártires, muito frequentemente desconhecidos da grande causa de Deus. Não pode perder-se na nossa memória o seu testemunho. Penso em catequistas, mães de família, pessoas humildes que foram e são capazes de dar a vida pela construção do Reino de Deus e testemunhar na totalidade e com a totalidade da sua vida a fé em Cristo Ressuscitado. Que a celebração do Dia dos Missionários Mártires nos permita estar mais perto e em solidariedade com as comunidades que constantemente são perseguidas pela sua fé e pelas opções que advêm do seguimento de Jesus Cristo morto e ressuscitado. * superior provincial do IMC