O Uruguai vai investir em espaços de reflexão, no uso de pulseiras eletrónicas e entrega de telemóveis às vítimas, para combater a violência contra as mulheres. Em 2011, foram apresentadas 15. 868 denúncias ao Tribunal da família
O Uruguai vai investir em espaços de reflexão, no uso de pulseiras eletrónicas e entrega de telemóveis às vítimas, para combater a violência contra as mulheres. Em 2011, foram apresentadas 15. 868 denúncias ao Tribunal da famíliaEm abril, a Secretaria da Mulher da Intendência de Montevidéu e o Centro de Estudos sobre Masculinidades e Género, com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas, vai desenvolver no Uruguai o «Programa de atenção a homens que decidem deixar de exercer a violência. O objetivo é criar espaços de reflexão e trabalho, em grupo, com homens que optaram por mudar de rumo e deixaram de ser violentos com as suas famílias e parceiras, adianta a agência adital. O projeto baseia-se no modelo Cecevim, criado em São Francisco, nos Estados Unidos da américa. No combate da violência contra as mulheres, está também previsto o uso de pulseiras eletrónicas e a entrega de telemóveis às vítimas para que possam denunciar os seus agressores. algumas mulheres não o fazem por medo, pois julgam que os mesmos ficarão pouco tempo na prisão ou que não irão cumprir as ordens judiciais. a violência doméstica é um problema que afeta não só o Uruguai mas muitos outros países da américa Latina. Em 2011, no Uruguai, foram apresentadas 15. 868 denúncias ao Tribunal da Família, o que representa um aumento em relação a 2010 e 2011. Por um lado, este número mostra que as mulheres estão mais dispostas a denunciar os seus agressores, por outro é a prova de uma dura realidade que afeta milhares. Em 2011, 40 por cento dos homicídios resultaram de situações de violência doméstica. Em média, a cada 14 dias morre uma mulher, refere a adital.