apesar dos vários investimentos nas cidades, «não há garantias de melhoria de vida para as pessoas mais pobres», denuncia a ativista Evaniza Rodrigues, que aponta para um modelo de planeamento inadequado
apesar dos vários investimentos nas cidades, «não há garantias de melhoria de vida para as pessoas mais pobres», denuncia a ativista Evaniza Rodrigues, que aponta para um modelo de planeamento inadequadoO encontro, subordinado ao tema «Desenvolvimento urbano com igualdade social, decorre em São Paulo, no sudeste do Brasil, até amanhã, 17 de março. É promovido pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana. Evaniza Rodrigues, da União Nacional da Moradia Popular, explica que a escolha do tema está relacionada com os investimentos efetuados nas cidades que não chegam para os mais pobres. as obras realizadas para o Mundial de Futebol de 2014 também são tidas em conta neste evento. «Estão a ser realizados vários investimentos nas cidades, mas não há garantias de melhoria de vida para as pessoas mais pobres. Pelo contrário, elas estão a ser expulsas para lugares mais afastados e a sofrer mais exclusão. Nós queremos sim que as cidades cresçam, mas com inclusão, afirma a responsável, citada pela agência adital. a ativista aponta para um modelo de planeamento inadequado. «antes dizia-se que faltava planeamento para as cidades. Hoje o problema é um modelo de planeamento equivocado, que dá prioridade ao lucro do capital imobiliário em detrimento da cidade para todos e todas. Problemas como a moradia e o saneamento são originados por uma concentração nas áreas mais ricas, onde estão os empregos, onde as casas não alagam, onde há mais segurança, denuncia. O défice habitacional do Brasil está calculado em 5,5 milhões de casas. amazonas, Baía, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás são as regiões do país com mais dificuldades a este nível. Todos os anos, centenas de pessoas ficam sem casa por causa das chuvas. Entre novembro de 2010 e março de 2011, cerca de 203 mil pessoas ficaram desalojadas no Brasil, de acordo com a adital.