as Nações Unidas anunciam um jogo que nos remete para a eucaristia do quotidiano: a do pão partido e repartido para saciar os povos. a fome mata mais pessoas que a SIDa, a malária e a tuberculose juntas.
as Nações Unidas anunciam um jogo que nos remete para a eucaristia do quotidiano: a do pão partido e repartido para saciar os povos. a fome mata mais pessoas que a SIDa, a malária e a tuberculose juntas. Era mais fácil noticiarmos aqui o último lançamento da indústria armamentista, ou o último jogo para computador em que o “bom da fita” mata todos os seus adversários e é aclamado como o herói da cidade. Isso é o mais comum nas noticias nos dias que correm. Não! Não noticiamos a invenção de uma arma mortífera, mas de uma arma “eucarística”: um simples jogo que nos remete para a eucaristia do quotidiano: a do pão partido e repartido para saciar os povos. Basta lembrar que, actualmente, segundo um estudo da ONU, a fome mata mais pessoas que a SIDa, a malária e a tuberculose juntas. E é da ONU, de jogos, de crianças e da fome que falamos.

a ONU (Organização das Nações Unidas), através do Programa alimentar Mundial (PaM) fez esta semana o lançamento do Food Force, um vídeo jogo cujo objectivo é ajudar as crianças de todo o mundo a entender os problemas do combate à fome e a ficarem mais sensibilizadas para este flagelo mundial. O lançamento foi feito na feira do livro infantil de Bolonha, na Itália.

Na ocasião, Neil Gallagher, director de Comunicação do PaM provocou os presentes ao dizer que “no mundo desenvolvido, onde se brinca com os computadores, as crianças não sabem o que é ir para a cama com fome”.

O jogo acontece numa ilha com o nome fictí­cio de Sheylan. Os jogadores devem completar uma série de missões guiadas por uma equipe do PaM. O jogador é gratificado com pontos pelas boas jogadas que faz, assim como pelas boas decisões que toma. as missões incluem deitar pacotes de alimentos do ar, num jogo tipo Sim City, em que os jogadores usam o material recebido para reconstruir a economia do país. No final de cada missão, é mostrado um pequeno vídeo explicando aos jogadores como lidar com a situação.

O objetivo é que aprendam a desempenhar o papel de trabalhadores humanitários, no contacto directo com populações que vivem em situações de conflitos ou seca, duas das principais razões para a fome no mundo.

as crianças podem comparar os resultados com os de outros jogadores no resto do mundo a partir do site do Food Force (Força alimentar).

Este vídeo jogo, que foi desenvolvido pelo Deepend, em Roma, em conjugação com a Playerthree, em Londres e foi concebido para PC e MaC, é destinado a crianças entre os oito e os treze anos e pode ser obtido livremente no site www.food-force.com.

Por enquanto encontra-se apenas em inglês, mas está prevista a tradução para outras línguas.