100 milhões de euros no programa de cantinas e emergência alimentar para pessoas com carência é quanto o Governo vai garantir, a partir de abril, segundo assegurou o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco antónio Costa
100 milhões de euros no programa de cantinas e emergência alimentar para pessoas com carência é quanto o Governo vai garantir, a partir de abril, segundo assegurou o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco antónio Costa”Este programa [rede de apoio alimentar] é para garantir que quem necessitar desse apoio tenha acesso sem necessidade de existência de nenhum tipo de referenciação ou listagem, pois nós queremos que seja preservada a individualidade, a dignidade e confidencialidade das pessoas”, referiu o governante. O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social afirmou que é prioridade do Governo canalizar todos os meios financeiros de que disponha, promovendo ao máximo a inclusão social das pessoas. “É por isso que este ano descongelámos as pensões mínimas a mais de um milhão de pensionistas, lançámos o «Estímulo 2012 de contratação de desempregados, que tem a aspiração de chegar a mais de 50. 000 portugueses, e temos tido a preocupação de criar planos de apoio na área alimentar aos portugueses que sintam carências a esses níveis, fazendo-o sem promover uma ideia assistencialista”, acrescentou. Marco antónio Costa refere que a rede de apoio alimentar vai passar de 50 pontos para mais de 960 em todo o país: “Fundamentalmente assente nas estruturas já existentes no terreno, que estão a funcionar, que têm um conhecimento muito próximo da realidade social e que, portanto, com facilidade transportam o programa para o terreno, ajudando as pessoas”. O governante afirmou ainda que o Ministério está a trabalhar na sustentabilidade do setor social e solidário, nomeadamente na viabilização das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), misericórdias e associações mutualistas que estão em dificuldades financeiras. Disse também que em abril, o Governo deverá disponibilizar às instituições uma linha de crédito de 50 milhões de euros. Em relação a este programa, a seleção das candidaturas e a gestão das verbas serão analisadas pela Segurança Social, em conjunto com uma comissão constituída pelos representantes da Confederação Nacional de IPSS, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), da União das Mutualidades e da União das Misericórdias. Entre o emaranhado de notícias que nos surgem diariamente, e que normalmente são de cariz pessimista, fruto dos tempos que correm, é gratificante podermos referir uma ou outra que de alguma forma nos permita vislumbrar um atenuar dos efeitos nefastos que assolam especialmente os mais carenciados. Quando o ser humano já não consegue obter o suficiente para comer, isso quer dizer que já perdeu grande parte das suas capacidades de sobrevivência, já bateu no fundo. O problema dos pobres carenciados não se resolve só com apoios alimentares, mas para aqueles que não tem mesmo nada, isso já é uma pequena ajuda e atenua fugazmente a sua desdita. O nosso país está a ver aumentar todos os dias o número de pessoas carenciadas e por isso as políticas de apoio têm que passar por dar a cana para pescar e não apenas o peixe. Esse só em último recurso. Portugal precisa de reformas em muitos setores. O social é dos mais prementes, mas o Governo da nação não se pode eximir ao trabalho de reformar o essencial que são as próprias estruturas de gestão do Estado.