a escola de Tongo precisa de tudo: livros, mesas, professores, formações. Ter aulas funciona como uma terapia para muitas crianças marcadas pela guerra, explica o diretor Mohammed ashimi
a escola de Tongo precisa de tudo: livros, mesas, professores, formações. Ter aulas funciona como uma terapia para muitas crianças marcadas pela guerra, explica o diretor Mohammed ashimi a sala de aula é uma tenda. as crianças refugiadas sentam-se em bancos de madeira ou na falta deles no chão. Centenas de alunos partilham cadernos escolares no estudo do inglês, árabe, estudos sociais e matemática. O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), que atua junto das populações deslocadas, tenta responder às necessidades de milhares de jovens e adultos. No campo de Tongo contam-se cerca de quatro mil crianças entre os cinco e os 17 anos, desejosas de frequentarem a escola. apenas metade consegue aceder à educação, segundo a agência da ONU. a escola de Tongo, inaugurada em dezembro pelo aCNUR, ficou imediatamente lotada. Está prevista a construção de novas unidades para acomodar mais de 800 crianças. O elevado número de alunos e o facto das instalações serem constantemente usadas danificam as suas estruturas. Mohammed ashimi, responsável pela direção da escola, observa que a escola precisava de tudo: livros, mesas, professores, formações. Desde o início de setembro de 2011, confrontos entre o exército sudanês e rebeldes do Nilo azul obrigaram 50 mil civis a abandonar as suas casas. Mais de 27 mil refugiaram-se na Etiópia. Ter aulas funciona como uma terapia para muitas crianças, marcadas pela guerra. Grande parte das crianças tem ou o pai ou a mãe desaparecidos. «Quando uma criança vai para a escola ela consegue lidar melhor com o passado, explica Mohammed ashimi.