Há casos de fome entre emigrantes portugueses recém-chegados a França e à alemanha. a denúncia é feita pela Missão Católica em augsburgo, na alemanha, e pela Misericórdia de Paris, em França
Há casos de fome entre emigrantes portugueses recém-chegados a França e à alemanha. a denúncia é feita pela Missão Católica em augsburgo, na alemanha, e pela Misericórdia de Paris, em FrançaEmigram em busca de uma vida melhor, mas nem sempre a encontram. Há emigrantes portugueses recém-chegados a França a pedir ajuda. «Vêm e não conhecem ninguém, mas têm a coragem de tentar mudar a situação deles. alguns conseguem rapidamente resolver a situação, outros têm mais dificuldades, explicou o provedor da Misericórdia de Paris, à Rádio Renascença. « a França também está em crise.como se sabe, há muito desemprego em França, acrescenta , Joaquim Silva Sousa. Mas há outros pedidos de ajuda, feitos por quem bate à porta das instituições católicas. Há «portugueses que têm de optar entre comer ou ter aquecimento em casa no inverno. Entre os idosos reformados, alguns optaram por não efetuar descontos e agora as reformas são baixas para fazer face a todas as despesas. «Temos situações de pessoas que têm de viver com 600 euros. Têm 300 para pagar a renda e outros 300 para aquecer a casa e alimentarem-se e não dá, têm de fazer opções: ou se alimentam ou aquecem a casa, salienta o provedor. Todas as semanas aparecem duas ou três novas situações, diz Joaquim Silva Sousa. Desde o início do ano, a Misericórdia de Paris já ajudou mais de uma centena de famílias. «Já ajudámos 125 famílias com alimentos. Outra é ver como as podemos encaminhar para as estruturas francesas, acompanhar, fazer os currículos, procurar emprego, frisa o responsável. a Missão Católica em augsburgo regista situações muito difíceis. Na cidade alemã vivem dois mil emigrantes portugueses e aparece uma nova vaga de emigração a precisar de ajuda. São sobretudo portugueses e sem formação, adianta o responsável pela Missão Católica. «É gente que em Portugal não tem grandes habilitações e depois vêm para aqui e não dá nada, claro. a maior parte não sabe uma palavra de alemão, refere. José Cabaceira explica que a Igreja dá uma primeira resposta: comida ou sítio para pernoitar. Uma situação difícil em que ficam muitos emigrantes portugueses e que para o responsável resulta do facto de serem vítimas de redes de trabalho ilegal. «Tenho quase a certeza que há gente a tentar estas coisas e a receber dinheiro e depois as coisas correm mal. a denúncia de emigrantes portugueses a passarem fome na alemanha e França segue-se a uma outra de que há portugueses na Suíça, em igual situação.