Bispo de Comayagua denuncia «as condições desumanas» em que vivem os prisioneiros de Honduras. Um incêndio no centro de detenção dessa região, esta semana, matou centenas de pessoas
Bispo de Comayagua denuncia «as condições desumanas» em que vivem os prisioneiros de Honduras. Um incêndio no centro de detenção dessa região, esta semana, matou centenas de pessoas«Convidamos todos, com um esforço comum, a aliviar as necessidades mais urgentes dos sobreviventes e das famílias atingidas. Sentimos muito que este seja o terceiro incidente que se verifica nas prisões em Honduras, com o agravante que o cárcere penal de Comayagua era considerado de máxima segurança nacional, afirma Roberto Camilleri, bispo da diocese de Comayagua, num comunicado em que deplora o incêndio na prisão que matou centenas de detidos. No documento, citado pela agência Fides, denuncia as condições de vida «desumanas e a falta de segurança em que vivem os detidos em Honduras. Referindo-se em específico ao Centro de Comayagua lembra que a prisão foi construída para 250 pessoas mas abrigava 852 detidos. «Convidamos todas as instituições da sociedade hondurenha a pedir às nossas autoridades que garantam a proteção e a dignidade dos prisioneiros, para não repetir uma triste tragédia como esta, que envolveu tantas famílias em Honduras, declara no comunicado. O incêndio de 15 de fevereiro na prisão de Comayagua, em Honduras, matou pelo menos 370 pessoas e feriu várias dezenas. Segundo o diretor da prisão, foi provocado por alguns detidos que queimaram um colchão para tentar escapar e não conseguiram controlar as chamas. a situação das prisões sobrelotadas em Honduras não são um problema recente, sendo que o diretor das penitenciárias do país, Danilo Orellana, tinha alertado para esta questão no ano passado.