« a peregrinação é uma oportunidade para juntar aquelas pessoas que não estão em contacto todo o ano», afirma Sálvio Cabecinhas, membro do Grupo de Reflexão allamano, que constata com interesse a presença de novas pessoas todos os anos
« a peregrinação é uma oportunidade para juntar aquelas pessoas que não estão em contacto todo o ano», afirma Sálvio Cabecinhas, membro do Grupo de Reflexão allamano, que constata com interesse a presença de novas pessoas todos os anosPor volta das 10h da manhã, centenas e centenas de pessoas já estavam reunidas em frente ao seminário da Consolata em Fátima. algumas, acabadas de chegar, observavam curiosas o ambiente em seu redor: bandeiras coloridas, cânticos religiosos como música de fundo e o burburinho dos peregrinos que aguardavam o início da 22a Peregrinação da Família Missionária da Consolata. No Centro Missionário allamano, as pessoas dividiam-se entre o «café missionário e a «lojinha dos Jovens Missionários da Consolata, uma iniciativa que se repete pelo segundo ano com o objetivo de conseguir fundos para as Jornadas Mundiais da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro, explica Célia GonçAlves, de Santa Catarina da Serra. Judite Reis, de 35 anos, trabalha numa loja em frente ao seminário e assiste com gosto, há já nove anos, a todo o movimento gerado pela peregrinação, numa altura do ano em que se verifica menos movimento em Fátima. «Fico impressionada por ainda haver tanta gente com fé, afirma « a Consolata é conhecida a nível nacional e mundialmente. Fazem um bom trabalho. É uma lufada de ar fresco hoje, considera. alguns missionários da Consolata dão as boas vindas aos peregrinos. O grupo Figo Maduro atua. Por volta das 10h30, as milhares de pessoas já reunidas seguem em direção aos Valinhos para o início da via-Sacra. Pelo caminho, alguns agradecem o sol, que contrasta com a chuva do ano passado. Em cada estação, um jovem missionário da Consolata da zona norte apresenta um pergaminho com uma mensagem sobre a missão e a evangelização. Na terceira, lia-se: «Como o vento evapora a água do mar e a leva aos pontos mais recônditos da terra assim a missão leva o Evangelho da vida a todos os povos. Raquel GonçAlves, 19 anos, de Ermesinde, explica: «Este ano, o lema é ‘Todos evangelizados, todos evangelizadores’. E é esse o sentido dos nossos cartazes. Pelo caminho, Luzia Mindes, cabo-verdiana de passagem por Portugal, assegura: «É a primeira vez que venho aqui e estou a achar ótimo. Informada por uma familiar de Queluz sobre a realização da peregrinação resolveu aderir, apesar de pouco ou nada conhecer do Instituto. «Vê-se que as pessoas acompanham, às vezes mesmo pessoas que já caminham mal. Esforçam-se. E o silêncio impressiona-me: as pessoas, se não ouviam, liam no guião e acompanhavam, constata o missionário andré Ribeiro. Há um sentimento que envolve as pessoas, não só as que seguem há muitos anos o acontecimento mas também aqueles que marcam presença pela primeira vez, constata o sacerdote. O missionário da Consolata dá o exemplo de Braga, onde trabalha atualmente. Dessa região do norte de Portugal, o número de participantes multiplicou-se: de 80 passou-se para 160. «Esta é a grande família da Consolata que aqui se reúne neste dia e que creio que espelha bem o sentido nacional do nosso instituto, afirma. Sílvio Cabecinhas, membro do Grupo de Reflexão allamano, acompanha as atividades dos Missionários da Consolata desde os seus 12 anos. «acho que está a correr muito bem. Temos muita gente a participar. O facto de termos aí os jovens que vem da Polónia também chama a atenção, afirma. « a peregrinação é uma oportunidade para juntar aquelas pessoas que não estão em contacto todo o ano, seja por motivos profissionais, por motivos pessoais ou devido à distância. Vêm e carregam um pouco as baterias. Sentem a atmosfera do Instituto e depois vão, acrescenta. «Cada ano é um ano diferente. E estamos a juntar pessoas e a ter novas pessoas, constata. Mas, «acho que seria altura de começar a pensar numa peregrinação um pouco diferente, que pudesse talvez entusiasmar outras pessoas que não costumam participar. Penso que é isso que está a faltar, apesar de notar caras novas todos os anos, o que é extremamente interessante, conclui.