Quem viaja da Coreia para África deve forçosamente fazer uma escala noutro país, de 10 horas. Não há voos diretos entre os dois países. a situação está para mudar
Quem viaja da Coreia para África deve forçosamente fazer uma escala noutro país, de 10 horas. Não há voos diretos entre os dois países. a situação está para mudar a Korean air irá inaugurar um voo entre Seul e Nairobi, com uma duração inferior a 14 horas. as áreas que mais irão beneficiar com esta rapidez de serviço são o comércio e o turismo. O ditado tempo é dinheiro poderia muito bem ser o tema do spot publicitário da principal transportadora aérea coreana. O voo inaugural entre Seul e Nairobi, previsto para 21 de junho, será um voo muito especial. a razão da data prende-se com a atração crescente dos coreanos pela natureza africana, em especial pelos famosos parques naturas do Quénia. Mas não é só o turismo que está por detrás desta iniciativa. Este voo irá apoiar várias companhias coreanas. Entre elas estão a POSCO (uma das líderes mundiais no setor da metalúrgica e produção de aço) e a KIa, que já estão a investir no Quénia, a agarrarem a oportunidade do rápido desenvolvimento das estruturas desta nação africana. a partir desta posição, será possível investir noutros países como a Etiópia, Sudão do Sul e Camarões, contribuindo para o desenvolvimento económico local e para a globalização das empresas coreanas. Há muitas oportunidades de investimento em África e a Coreia do Sul não quer perder o avião. até agora a escala obrigatória de 10 horas fazia com que muitos empresários desistissem da ideia de investir no continente africano, sobretudo os responsáveis de pequenas e médias empresas. Quando o presidente da POSCO visitou o Quénia em 2011, teve de o fazer num avião privado para não perder tempo. Mas há uma outra razão importante por detrás desta nova ligação aérea: as relações bilaterais entre o Quénia e a Coreia têm aumentado desde que, em 2009, Ngoyi Kitau tomou posse como embaixador do Quénia em Seul. Ele acredita que esta nova ligação irá fazer com que aumentem os turistas e investidores, bem como a presença de representantes africanos na Coreia. Estes lidavam com a Ásia, quase exclusivamente, através das suas embaixadas no Japão. Diz ainda Kitau que os negócios triplicaram desde que o governo queniano decidiu colocar um embaixador na Coreia. E o embaixador queniano espera atrair dez mil turistas coreanos durante 2012, pois a cifra nunca superou os sete mil anuais.