Relatora das Nações Unidas condena políticas inadequadas de habitação adotadas pelo governo israelita e pela autoridade Nacional Palestina. apela à remoção do bloqueio económico na Faixa de Gaza que «piora a situação»
Relatora das Nações Unidas condena políticas inadequadas de habitação adotadas pelo governo israelita e pela autoridade Nacional Palestina. apela à remoção do bloqueio económico na Faixa de Gaza que «piora a situação»Depois de uma visita de duas semanas a Israel e aos territórios palestinianos, Raquel Rolnik, relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Habitação adequadas, pede melhorias nas condições de habitação das populações. Num relatório preliminar de seis páginas, a responsável alerta para políticas inadequadas de habitação adotadas pelo governo israelita e pela autoridade Nacional Palestina, que afetam milhões de pessoas. as políticas de Israel violam o direito à habitação dos palestinianos a viver no país. É necessário uma revisão urgente. Para a relatora, a legislação, as práticas e políticas relativas à terra, à habitação e ao planeamento, em Israel, são discriminatórias. Raquel Rolnik apontou para as aldeias beduínas do deserto do Neguev, a Sul, que são «ignoradas pelas autoridades e não têm acesso a serviços básicos como água e a energia elétrica, adianta a Rádio das Nações Unidas. a relatora referiu a título de exemplo a situação do Brasil, especificamente os casos em que a população ocupa terrenos de forma informal. «O sistema de planeamento não reconhece a sua existência e ao não reconhecer transforma aquilo que eles produzem em algo ilegal. E, portanto, muitas vezes há remoções, às vezes violentas, como se vê no Brasil, reassentamentos [recolocação] forçados de comunidades que estão naqueles lugares há muitos anos, lembrou. O mesmo problema afeta os palestinianos que habitam em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Em 2011, 622 casas palestinas foram demolidas nessa duas regiões. Raquel Rolnik insta Israel a remover o bloqueio económico à Faixa de Gaza, que «piora a situação de moradia do território através da falta crónica de materiais de construção. Condenou também as práticas irregulares da autoridade Palestina, que dá prioridade aos projetos de habitação destinados à classe média alta em vez de investir na construção de habitações populares, mais acessíveis, refere a Rádio ONU.