Um ano depois da queda do presidente Hosni Moubarak, a população egí­pcia continua à espera de mudanças e justiça, lembra Salil Shetty, diretor da amnistia Internacional
Um ano depois da queda do presidente Hosni Moubarak, a população egí­pcia continua à espera de mudanças e justiça, lembra Salil Shetty, diretor da amnistia InternacionalEm março de 2011, no âmbito de uma violenta repressão de manifestações pacíficas na praça Tahrir, no Cairo, 18 manifestantes foram detidas pelo exército. 17 permaneceram detidas durante quatro dias. Foram revistadas, espancadas várias vezes e alvo de descargas elétricas; sete foram obrigadas a submeter-se a testes de virgindade, denuncia o diretor da amnistia Internacional. Porém, apenas uma das mulheres ganhou coragem para fazer queixa às autoridades, lamenta Salil Shetty. Em finais de dezembro de 2011, um tribunal administrativo do Egito determinou que os testes de virgindade eram ilegais e ordenou a supressão dessa prática. Contudo, um ano depois da queda do presidente Hosni Moubarak, a população egípcia continua à espera de mudanças. a revolução de 25 de janeiro veiculou promessas que devem ser cumpridas, lembra Salil Shetty, num artigo de opinião. Muitos são aqueles que vivem prisioneiros entre o passado e o futuro, a viver sob um regime militar e perante um futuro incerto, lembra o mesmo.