Dez doenças pouco conhecidas, mas debilitantes, são classificadas como prioridades por grandes empresas farmacêuticas mundiais. Juntamente com ministros da saúde e países doadores, comprometem-se a apoiar a iniciativa destinada a eliminar essas doenças
Dez doenças pouco conhecidas, mas debilitantes, são classificadas como prioridades por grandes empresas farmacêuticas mundiais. Juntamente com ministros da saúde e países doadores, comprometem-se a apoiar a iniciativa destinada a eliminar essas doenças a organização mundial de Saúde (OMS) tem em programa a eliminação a dracunculose (verme da Guiné), a oncocercose (cegueira dos rios), a tracoma, a lepra, a bilharziose e os vermes intestinais, apenas para citar alguns nomes das doenças chamadas «esquecidas. Na conferência de Londres, Caroline anstey, diretora do Banco Mundial, afirmou: Não é tanto de doenças esquecidas, mas de pessoas esquecidas que é preciso falar. E acrescentou: Penso que o ponto crucial da questão é saber se de facto nós temos em conta a sua existência e que valor que lhes atribuímos. Os participantes na conferência de 30 de janeiro comprometeram-se a apoiar o programa que pretende dominar ou eliminar, até 2020, estas doenças, através da investigação ou de um maior fornecimento de medicamentos gratuitos. É extremamente frustrante lutar contra estas doenças que não são incuráveis. Existem os medicamentos apropriados para o seu tratamento, mas são demasiado caros, não estão disponíveis em quantidades suficientes. O elemento chave desta iniciativa está nas companhias farmacêuticas. Os fornecedores de medicamentos estão prontos a mostrar-se generosos, foi afirmado. Mas eles precisam de ter em mãos um programa que emane da OMS. É preciso saber de onde vem o financiamento e devem ter a certeza que os países interessados vão organizar o sistema de saúde de modo a garantir que os medicamentos cheguem a quem deles tem necessidade. a doação de medicamentos hoje pode constituir um investimento a longo prazo para as empresas farmacêuticas, promovendo o desenvolvimento das economias frágeis, que no futuro poderão aceder ao nível de países de rendimento médio. Contudo levantaram-se vozes a afirmar que a distribuição de medicamentos gratuitos não será suficiente. Será necessário atacar as problemáticas subjacentes a certas doenças. O controlo e a erradicação de certas doenças implica, por exemplo, a atenção e a organização de inteiras aldeias.