2. 114 imigrantes em Portugal pediram ajuda para regressarem aos seus países de origem, em 2011. Destes 594 embarcaram de volta à terra natal

2. 114 imigrantes em Portugal pediram ajuda para regressarem aos seus países de origem, em 2011. Destes 594 embarcaram de volta à terra natal

Os brasileiros lideram a lista de inscrições e de regresso efetivo, ao abrigo do Programa de Retorno Voluntário (PRV). Os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) em Portugal revelam que 84. 2 por cento dos pedidos de retorno foram feitos por imigrantes brasileiros, que lideram também o retorno a nível mundial.

Seguem-se os angolanos, com 4. 2 por cento dos embarcados, os cabo-verdianos (2. 5 por cento), são-tomenses (2. 5 por cento ), guineenses (1. 3 por cento), ucranianos (1. 3 por cento), moçambicanos (1. 2 por cento) e de outras nacionalidades (abaixo de um por cento), revela a Lusa. Os números apresentam um «grande crescimento face a anos anteriores, explicou Luís Carrasquinho, em novembro do ano passado. as «situações cada vez mais complicadas e de grande carência socioeconómica estão a levar os imigrantes de volta à terra natal, salientou o responsável pela OIM em Portugal.

O PRV apoia financeiramente o retorno voluntário aos países de origem de cidadãos estrangeiros. Impõe um período de interdição de três anos, que obriga os imigrantes que dele beneficiaram a, se voltarem a Portugal, ressarcirem o Estado no valor que lhes foi pago. Os imigrantes recebem apoio para a viagem de regresso (o preço médio ronda os 900 euros) e de 50 euros de dinheiro de bolso para despesas. Este programa é gerido pela OIM, em colaboração com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e financiado pelo Fundo Europeu de Regresso (em 75 por cento) e pelo Estado português (em 25 por cento).