a população da Coreia do Sul está cada vez mais “viciada” em recorrer aos hospitais por tudo e por nada. O número de consultas hospitalares está a aumentar vertiginosamente de ano para ano
a população da Coreia do Sul está cada vez mais “viciada” em recorrer aos hospitais por tudo e por nada. O número de consultas hospitalares está a aumentar vertiginosamente de ano para ano a situação está a provocar um contínuo agravamento do peso económico no sistema nacional de seguros médicos. À volta de 520 mil sul-coreanos recorreram aos hospitais, mais de 100 vezes, em 2010. Trata-se de um aumento exccessivo e gravoso comparado com os 400 mil de 2008 e os 490 mil de 2009. a maioria destas pessoas tem mais de 65 anos (cerca de 63 por cento). a associação Nacional de Seguros Médicos (aNSM) alerta para a tendência de um aumento significativo das despesas médicas, dado que a população está cada vez mais envelhecida. Um relatório recente da aNSM menciona casos mais persistentes e alarmantes, como o de uma senhora idosa que recebeu tratamento médico 1. 086 vezes, durante 2010. Se excluirmos os domingos e feriados nacionais, a referida senhora terá visitado um médico, de 16 hospitais, seis vezes por dia. O relatório refere também que muitas pessoas receberam medicação a mais: 1. 644 receberam prescrições de medicamentos, em 2010, que davam para 2. 000 dias. Um caso extremo é o de uma senhora de 66 anos que usou o seguro médico 21. 920 vezes nesse mesmo ano, tendo frequentado o hospital 936 vezes e comprado medicação para 20. 984 dias. O aumento de sul-coreanos viciados em tratamentos médicos deve-se sobretudo ao envelhecimento sucessivo da população, bem como ao baixo preço das consultas no hospital. De facto, se o tratamento não exceder os 15. 000 won (cerca de 10 euros), o utente pagará somente 1. 500 won (1 euro). Para combater esta tendência que teima em agravar-se, a solução poderá passar pelo aumento das tarifas hospitalares, bem como pelo controle, por parte da aNSM, dos casos de abuso. Quanto ao governo, terá que estudar formas de reformar o sistema hospitalar, antes que a situação atinja proporções incontroláveis.