a excisão é uma grave violação dos direitos humanos das mulheres, lembra a amnistia, que apela à ratificação da convenção do Conselho da Europa para a prevenção e o combate da violência contra as mulheres
a excisão é uma grave violação dos direitos humanos das mulheres, lembra a amnistia, que apela à ratificação da convenção do Conselho da Europa para a prevenção e o combate da violência contra as mulheresPor ocasião do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que se celebra hoje, a amnistia Internacional (aI) e a associação para o Planeamento da Família instam o Estado português a ratificar a Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica. a excisão é um grave atentado aos direitos humanos de mulheres e raparigas. a mutilação genital feminina compreende todas as intervenções que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos externos ou que provoquem sequelas nos órgãos genitais femininos, por motivos não relacionados com a saúde, esclarece a amnistia, baseando-se na Declaração Conjunta Eliminação da Mutilação Genital Feminina. a prática ancestral está relacionada com a convicção de que uma mulher não mutilada não é uma mulher completa. Este preconceito vai desaparecendo à medida que se vai tomando consciência das graves consequências da mesma para a saúde das mulheres. Hemorragias e infeções, complicações durante o parto, são alguns dos problemas que podem resultar da mutilação genital feminina. a excisão acontece com mais frequência no continente africano, estando documentada em pelo menos 28 países, segundo a aI. No entanto, o problema também afeta a Europa, nomeadamente Portugal, através das comunidades de migrantes que provém de países onde a mutilação é frequente.