apesar das iniciativas desenvolvidas para combater essas doenças negligenciadas, é necessário aumentar os programas de saúde e fortalecer os sistemas de vigilância, defendem os Médicos Sem Fronteiras
apesar das iniciativas desenvolvidas para combater essas doenças negligenciadas, é necessário aumentar os programas de saúde e fortalecer os sistemas de vigilância, defendem os Médicos Sem FronteirasUma parceria internacional, anunciada no início da semana, pretende combater 10 doenças tropicais até 2020. Porém, tais metas só poderão ser alcançadas quando importantes problemas ao nível do financiamento e do apoio fornecido forem resolvidos, alerta a organização humanitária internacional, Médicos Sem Fronteiras (MSF). «O aumento das doações de medicamentos por parte da indústria farmacêutica é apenas parte da solução. No entanto, não é possível eliminar e controlar enfermidades como Chagas, Calazar e a doença do sono sem o aumento do apoio a programas de identificação e tratamento de pacientes, nem sem o aumento de investimentos para novos e melhores testes diagnósticos e medicamentos, garante Daniel Berman, vice-diretor da Campanha de acesso a Medicamentos Essenciais da organização. a falta de financiamento não se verifica só ao nível dos fármacos mas também nos programas de saúde. É necessário aumentar de maneira crítica os programas de saúde e fortalecer os sistemas de vigilância, defende a organização. Os MSF referem a existência de «pontos cegos, regiões onde se verificam uma elevada prevalência dessas doenças. a insegurança e a falta de financiamento fazem com que muitas pessoas fiquem sem diagnóstico e tratamento. «Todas as ambiciosas metas de eliminação dessas doenças não servirão de nada se não dermos apoio total a programas nacionais de controlo e sistemas de saúde em países onde as enfermidades são endémicas, afirma andreas Lindner, outro responsável MSF. «apenas os programas de controlo nacionais – e não MSF, ou qualquer outra organização – vão conseguir controlar essas doenças, insiste.