« a economia global está crucificada e não sabe», denunciou o economista canadiano John Dalla Costa, em Fátima. Mas há esperança, ou não fossem os cristãos, homens e mulheres de esperança
« a economia global está crucificada e não sabe», denunciou o economista canadiano John Dalla Costa, em Fátima. Mas há esperança, ou não fossem os cristãos, homens e mulheres de esperança«Não tenho respostas para a crise, começou por assumir o orador da conferência. a trabalhar na área da Ética com gestores e empresários que vivem a vertigem do «medo e «vulnerabilidade, John Dalla Costa defendeu que «a crise não é só económica, é de consumo. a uma plateia de amigos do Instituto Missionário da Consolata e jovens empresários fatimenses, a conferência foi promovida pelos missionários da Consolata, o fundador do Center for Ethical Orientation salientou que «a grande dinâmica, atualmente, é o «medo.
Nesta altura de «desespero, o investigador e autor de livros defende que «podemos olhar para alternativas à crise atual e «criar esperança. Mas «dá muito trabalho e é «um desafio, assume. Nesta tarefa de «criar esperança juntos, o docente canadiano sublinha que «todos temos responsabilidades. O tempo de crise é então a oportunidade de perguntarmos «o que queremos mudar.
Em Portugal para falar sobre a relevância da sustentabilidade em comunicação, numa conferência promovida pela associação Portuguesa de anunciantes, John Dalla Costa salientou que o Papa antecipou a crise. as encíclicas «Spe Salvi (2007) e «Veritas in caritate (2009), escritas para dar respostas, a primeira delas já foi escrita «em crise de desespero, assinalou o professor.
Bento XVI «viu o que estava a acontecer nas famílias, nas comunidades e que «de querer mais e mais, as pessoas estavam mais vazias, apontou. Para fazer face à crise, um dos mais conceituados especialistas em matéria de desenvolvimento sustentável, não só no contexto social mas também numa perspetiva empresarial, aposta na caridade, na confiança e na verdade como solução.
«Sem confiança não podemos criar nada, advertiu o orador, lembrando que as pessoas não confiam nos políticos nem nos empresários. Mas que para alterar esta situação é necessário «tempo e requer «ouvir, falar e ter respostas. Exige «caridade e estar abertos à experiência de outros para a construção de um mundo melhor.
Primeiro é necessário o reconhecimento que as pessoas têm cada vez menos tempo com a família, porque trabalham muito. E no entanto, muitos jovens têm os sonhos desfeitos porque, apesar da formação, não têm emprego. O professor que também se encontra a escrever um livro e trabalha num projeto de «Verdade e Reconciliação exortou cada um a questionar-se sobre «O que lamenta?.
Deixar as atitudes de interesse próprio e porque «os políticos não têm soluções, John Dalla Costa refere que é o tempo de «voltar a ter valores que já não temos. O canadiano recusa a austeridade, por si própria, mas aposta na simplicidade da vida, com o regresso ao consumo de produtos produzidos localmente, «como os nossos pais, por exemplo.