O governo do Sudão procura intimidar as agências de ajuda humanitária em Darfur através da prisão arbitrária de agentes humanitários. Os rebeldes também realizaram detenções e ataques.
O governo do Sudão procura intimidar as agências de ajuda humanitária em Darfur através da prisão arbitrária de agentes humanitários. Os rebeldes também realizaram detenções e ataques. Segundo o Observatório dos Direitos Humanos (HRW), o governo já deteve ou prendeu vinte agentes humanitários desde Dezembro. HRW pede a todos os envolvidos no conflito para garantir a sua segurança dos agentes e facilitar o seu acesso aos civis sudaneses que precisam de assistência.

“as autoridades do Sudão estão a usar contra os trabalhadores humanitários as mesmas tácticas que usaram contra os activistas dos direitos humanos”, disse Peter Takirambudde, director para África do HRW. “Os países que estão a mandar ajuda humanitária devem condenar as tentativas de intimidação do governo contra os que assistem civis no Sudão”.

Poucas organizações humanitárias fizeram públicas a detenções por medo de represálias por parte do governo sudanês contra os seus membros e actividades.

Os alegados crimes de que são acusados os agentes humanitários são burocráticos, como falta de autorizações de transporte. Ou são acusados de “actividades suspeitas”. Possuir dados sobre a situação dos direitos humanos ou entrevistas pode ser considerado uma actividade suspeita.

Os trabalhadores humanitários são também vítimas de ataques dos rebeldes. Há um crescente número de incidentes de roubo e disparos, tendo os veículos humanitários e comerciais como alvo. No entanto a responsabilidade por muitos dos incidentes não é clara.

“O governo do Sudão e o movimento rebelde são obrigados, pela lei humanitária internacional, a proteger e ajudar os agentes humanitários,” disse Takirambude.