« a busca da justiça é uma dimensão fundamental no esforço de construir uma sociedade mais perfeita, mais digna do homem, mais próxima do desígnio de Deus»« a busca da justiça é uma dimensão fundamental no esforço de construir uma sociedade mais perfeita, mais digna do homem, mais próxima do desígnio de Deus»José Policarpo defendeu que, na longa história do Povo da aliança, «houve muitos atropelos à justiça e sempre houve justos a apontar o caminho da salvação. Na abertura do ano judicial, o patriarca de Lisboa salientou que os castigos funcionavam como «pedagogia para fazer voltar aos caminhos da justiça. Mas tem-se consciência da precariedade deste esforço humano. Todos esperam, «num futuro que a Deus pertencia, o verdadeiro «Justo, com força para justificar e refundar, assim, a própria aliança.
O cardeal defendeu que «a Lei da aliança busca a justiça, encaminha para a santidade. Na perspetiva teológica da Bíblia, «a plenitude da justiça coincide com a perfeição humana, com a santidade, na linguagem cristã, assinalou José Policarpo. «Mesmo quando se trata de julgar os que feriram a justiça, o amor é o critério que ilumina o caminho do juízo, acrescentou o bispo de Lisboa.
a primeira concretização da Justiça (no antigo Testamento, santo e justo são sinónimos) reside «quando o tempo humano atingir a sua plenitude, que acreditamos ter acontecido em Jesus Cristo. E Cristo desafia a segui-lo, ou seja, a «praticar uma justiça digna do reino dos céus. a radicalidade do amor que é pedido «exprime-se no concreto da vida.
Esta justiça pela fé encaminha-nos para a santidade. a fé «ilumina já os caminhos humanos da justiça: ajuda-nos a não desligar das exigências do amor e a desejar ir sempre mais longe na construção da justiça, deixando os bens que se possuem. «É preciso pô-los ao serviço do amor. Se deixarmos que o sentido de posse nos aprisione o coração, acabaremos fechados em nós mesmos, incapazes de nos abrirmos àquela justiça que define a perfeição humana, realçou.