a líder da oposição birmanesa, aung San Suu Kyi, está a efetuar a sua primeira viagem pelo país, em campanha para as eleições legislativas parciais de 1 de abril próximo. a nóbel da Paz “parou” no domingo na cidade de Dawei, no sudeste da Birmânia
a líder da oposição birmanesa, aung San Suu Kyi, está a efetuar a sua primeira viagem pelo país, em campanha para as eleições legislativas parciais de 1 de abril próximo. a nóbel da Paz “parou” no domingo na cidade de Dawei, no sudeste da Birmânia a sequência de uma série de reformas governamentais sem precedentes, na reprimida nação do sudeste asiático, tornou possível esta reviravolta. aung San Suu Kyi, que passou 15 anos da sua vida sob prisão domiciliária, pode agora participar neste ciclo eleitoral. aDama, tal como é conhecida pela maioria dos birmaneses, não participa em eleições democráticas do seu país desde 1989, quando foi colocada em prisão domiciliária para evitar que participasse nas legislativas do ano seguinte, ganhas pelo seu partido, apesar de a junta militar nunca ter reconhecido os resultados, mantendo-se no poder nas décadas seguintes, refere a agência Lusa. a Birmânia atravessa uma etapa de reformas desde a dissolução da junta militar, em março de 2011, que transferiu os seus poderes para um denominado governo civil. Visando romper o isolamento da Birmânia no panorama internacional, o presidente Thein Sein alterou a lei dos partidos, iniciou um diálogo com a líder da oposição Suu Kyi, libertou mais de duas centenas de presos políticos, autorizou a formação de sindicatos e elevou o nível da liberdade de imprensa. Os militares mantêm, no entanto, o controlo de todos os mecanismos do poder. Este cenário irá continuar, mesmo que a Liga Nacional da Democracia, de Suu Kyi, conquiste assentos no parlamento nas eleições parciais do próximo 1 de abril. Uma vitória nas eleições teria, contudo, um grande significado simbólico e, pela primeira vez, daria voz à nóbel da Paz junto do governo da Birmânia.