Portugal nunca deixou de ser um país de emigrantes, defendeu a investigadora Maria Beatriz Rocha Trindade, na abertura do Fórum Migrações
Portugal nunca deixou de ser um país de emigrantes, defendeu a investigadora Maria Beatriz Rocha Trindade, na abertura do Fórum Migraçõesangola, Brasil, Reino Unido e Suíça são as preferências de destino de migração dos portugueses, atualmente. a nova vaga de emigração substituiu a mala de cartão pelo canudo, realçou a docente da Universidade aberta. «Portugal investiu tanto nas qualificações lamentou a oradora , referindo também que o mesmo país «não lhes oferece lugares que preencham as expectativas, depois de formados. ainda assim «não atingimos o nível (de formação) da Europa, diz, questionando se «valerá a pena atingir esse patamar.
Nove em cada dez portugueses quer emigrar. 44 por cento não coloca entrave em trocar de país ou continente. Este é o retrato do país feito pela empresa de gestão de recursos humanos Kelly Services, em 2011, e apresentado pela professora universitária na abertura do XII Encontro de agentes sócio-pastorais das migrações que decorre em Fátima. 400 portugueses emigram por dia. E são «pessoas qualificadas que o fazem, reforça a investigadora. Estados Unidos da américa, França, Brasil, Suíça, Canadá, angola, são os países onde a diáspora portuguesa é maior.

Maria Beatriz Rocha Trindade defendeu que Portugal nunca deixou de ser um país de emigrantes e que, mesmo nos anos 90 quando começou a receber imigrantes, saíam do território 20 a 30 mil portugueses por ano. O país foi escolhido como destino de migração porque «a língua era mais fácil, havia calma e vieram do Leste com estratégia organizada, disse.
atualmente, «a mobilidade está difundida por todo o mundo, salientou a especialista. Dos 10. 6 milhões de pessoas que vivem em Portugal, cinco milhões e meio são migrantes. E mais números: dos mais de sete biliões de pessoas que habitam o mundo, 214 milhões são migrantes, o que representa mais de três por cento da população mundial. atualmente há 64 países no mundo que têm mais de 500 mil imigrantes. E na Europa dos 27, há 64 por cento da população que são cidadãos estrangeiros, apontou Maria Beatriz Rocha Trindade.