«Se não houver um sinal imediato para a economia, corre-se o risco de uma nova crise», afirma o arcebispo de Tunis, um ano depois da Revolução de Jasmim na Tunísia, país do norte de África
«Se não houver um sinal imediato para a economia, corre-se o risco de uma nova crise», afirma o arcebispo de Tunis, um ano depois da Revolução de Jasmim na Tunísia, país do norte de ÁfricaO cidadão tunisino da classe média precisa de duas coisas: segurança e trabalho. « a primeira está garantida, a segunda ainda não, lembra Maroun Elias Lahham, arcebispo de Tunis. «O problema é a economia. Do ponto de vista político, as coisas estão bem: as eleições realizaram-se de maneira correta, temos um novo presidente, um novo governo e um novo Parlamento. a segurança está garantida, mas a economia tem dificuldade em alçar voo, destaca. É esta a análise que o prelado faz da situação do país um ano depois da Revolução de Jasmim, que teve início em dezembro de 2010 e se manteve em janeiro de 2011. Um episódio histórico que destituiu o presidente Ben ali e colocou o país no caminho da democracia. a crise económica e financeira internacional faz sentir-se no Mediterrâneo, mas há contudo dois motivos para a atual «fraqueza da economia da Tunísia, considera. «Em primeiro lugar lançar novamente a economia em um ano não é fácil. Em segundo, como afirmam vários especialistas locais, a nova diretoria, não obstante séria e honesta, não parece ter como ponto principal a economia. Na opinião pública local estão surgindo dúvidas se o Governo tem realmente um plano económico para o país, explica, segundo a agência Fides. « a população poderá ter paciência ainda por alguns meses, mas se não for dado logo um sinal forte em relação à economia, podemos esperar um forte protesto social, constata. Há mais de um milhão de desempregados na Tunísia. Sobre o turismo, setor fundamental para a economia do país, Maroun Elias Lahham garante: «Os turistas podem vir tranquilamente à Tunísia porque existe segurança.