Novo código representa um retrocesso, defendem organizações para a defesa dos direitos humanos. Entre outras coisas, o documento estabelece que «a mulher deve «obedecer» ao marido
Novo código representa um retrocesso, defendem organizações para a defesa dos direitos humanos. Entre outras coisas, o documento estabelece que «a mulher deve «obedecer» ao maridoQuatro organizações para a defesa dos direitos humanos locais e internacionais apelam o presidente amadou Touré a não promulgar o novo código da família, adotado pela assembleia nacional em dezembro. «Era suposto corrigir as discriminações e melhorar o estatuto da mulher e das crianças, reduzindo as desigualdades, mas representa pelo contrário um verdadeiro retrocesso, escrevem as quatro organizações, citadas pela agência Misna. De acordo com o novo código, a mulher deve «obedecer ao marido e o homem é o único chefe de família. O código estabelece a idade mínima de 16 anos para as mulheres e de 18 anos para os homens. Sendo promulgado, o texto não respeitaria os princípios de igualdade entre homem e mulher consagrados na Constituição e pela legislação internacional, defendem os signatários do apelo dirigido ao presidente, que está no fim do seu mandato. O Conselho Islâmico do Mali insta o presidente a respeitar a democracia, adotando um texto que já foi sujeito à votação dos deputados. afirmam não estar contra eventuais modificações do texto, mas lembram que o país é composto por 90 por cento de muçulmanos.