Reclamada pelo Ocidente como prova da sinceridade das reformas do novo regime de Rangum e já saudada pela comunidade internacional, a amnistia de sexta-feira, 13 de janeiro, na Birmânia, abrangeu 302 presos de consciência
Reclamada pelo Ocidente como prova da sinceridade das reformas do novo regime de Rangum e já saudada pela comunidade internacional, a amnistia de sexta-feira, 13 de janeiro, na Birmânia, abrangeu 302 presos de consciênciaEstas libertações não foram feitas devido ao pedido de alguém. Libertámo-los em razão da verdadeira benevolência do governo, afirmou o ministro do Interior da Birmânia, Ko Ko, em conferência de imprensa, refere a agência Lusa. O governante garantiu que os presos em causa não foram detidos pela sua ação política. alguns dizem presos políticos. Outros presos de consciência. Qualquer que seja a forma como são chamados, não agimos contra ninguém, devido a razões políticas ou de opiniões, garantiu o ministro do interior. Ko Ko reconheceu que os 302 reclusos foram incluídos numa lista de presos políticos de uma organização política, referindo-se provavelmente à Liga Nacional da Democracia, partido da oposição liderado pela Nobel da Paz aung San Suu Kyi. Deram-nos 604 nomes, encontrámos 430 e libertámos 302. O ministro explicou que os detidos que ainda se encontram na lista não poderão beneficiar de uma amnistia.cometeram crimes graves como atos terroristas, explicou. Não podemos libertar este tipo de pessoas. O número de presos de consciência, entre artistas, jornalistas, intelectuais e outros opositores do regime, que permanecem detidos na Birmânia não é claro. antes da amnistia de sexta-feira previa-se existir entre 500 a 1. 600 presos de consciência naquele país. O ministro adiantou também que cerca de uma centena dos presos libertados sexta-feira eram antigos membros dos serviços de informações birmaneses.