Missionários latino americanos de diferentes congregações, a trabalhar em várias dioceses de Moçambique, reuniram-se no Guiúa. Partilharam experiências e refletiram sobre os desafios pastorais colocados pela Religião Tradicional africana à evangelização
Missionários latino americanos de diferentes congregações, a trabalhar em várias dioceses de Moçambique, reuniram-se no Guiúa. Partilharam experiências e refletiram sobre os desafios pastorais colocados pela Religião Tradicional africana à evangelização a presença de um bom número de missionários latino-americanos é uma riqueza para a Igreja católica, em Moçambique. Oriundos de Igrejas pobres, dão a partir da sua pobreza e a partir da alegria da sua fé. Nos últimos 20 anos, depois da assinatura do acordo Geral de Paz, em 1992, assiste-se à chegada a Moçambique de um grande número de institutos religiosos. Muitas das novas presenças missionárias são fundações de províncias latino-americanas, sobretudo brasileiras, de institutos internacionais, que além da abertura missionária, procuram vocações para suprir a crise vocacional sentida seja na Europa como na própria américa Latina. Para não caírem na tentação de se fecharem em si mesmos, nas experiências pastorais vividas nos seus países de origem, os missionários latino-americanos procuram formar-se como missionários sem fronteiras. Estão dispostos a ir à outra margem, àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor, e onde a Igreja ainda não está presente. Movidos por este imperativo, um grupo de 20 missionários e missionárias provenientes do Brasil, argentina e México, a trabalhar nas dioceses de Inhambane, Xai-Xai, Maputo e Chimoio, reuniram-se para refletir sobre a Religião Tradicional africana. a partir da sua experiência missionária e assessorados por um especialista, este grupo procurou descobrir a presença dos valores do Reino de Deus na cultura e religião tradicionais africanas. Munidos deste conhecimento, estarão mais aptos a colaborar para recriar novas expressões, a partir de dentro, e para transformar as situações anti-evangélicas. Entra-se assim numa dinâmica de dar e receber. Esta partilha faz desenvolver o diálogo e a confiança recíproca. a avaliação do encontro feita pelos participantes foi muito positiva. Marcou-se já um novo encontro para janeiro de 2013 para continuar a refletir e partilhar sobre o mesmo tema e com o envolvimento de mais missionários.