O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, antónio Guterres, pede à comunidade internacional que ofereça ajuda humanitária massiva para o Sudão do Sul, país que enfrenta uma grave crise de deslocamento forçado
O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, antónio Guterres, pede à comunidade internacional que ofereça ajuda humanitária massiva para o Sudão do Sul, país que enfrenta uma grave crise de deslocamento forçadoO Sudão do Sul está perante um «sofrimento massivo e uma multiplicidade de crises – mais de 80 mil pessoas fugiram dos estados sudaneses de Nilo azul e Kordofão do Sul. além disso, há um violento conflito intercomunitário e deslocamento forçado dentro do estado de Jonglei, constata antónio Guterres. Depois de ter estado reunido com refugiados no campo de Doro, o responsável advertiu que sem a ajuda «será impossível atender às necessidades. E alerta: «Poderíamos chegar a enfrentar um desastre humanitário de grandes proporções. O campo de Doro abriga cerca de 28 mil pessoas que se refugiaram no Sudão do Sul para fugir dos conflitos entre as forças do governo e o Exército de Libertação do Senhor, no estado de Nilo azul. Outros 25 mil refugiaram-se noutras partes do alto Nilo. Mulheres e crianças caminham, durante dias, até chegar a Doro, em busca de segurança. Muitos estão exaustos, famintos e vulneráveis. a maioria dos homens permanece nas suas zonas de origem para vigiar as suas propriedades e territórios. a agência das Nações Unidas para os Refugiados prepara-se para assistir refugiados que se encontrem em áreas mais afastadas. Pretende construir abrigos e prestar serviços básicos às populações deslocadas. Mais de 350 mil pessoas naturais do Sudão do Sul retornaram ao país após a sua independência, em julho. Cerca de 700 mil continuam no Sudão.