Dois anos depois do sismo e apesar de um processo de reconstrução lento, o Haiti regista algumas melhorias no que respeita aos direitos das crianças. Permanecem contudo alguns desafios
Dois anos depois do sismo e apesar de um processo de reconstrução lento, o Haiti regista algumas melhorias no que respeita aos direitos das crianças. Permanecem contudo alguns desafios a situação das crianças no país está a melhorar lentamente, nomeadamente no sector da educação, saúde e proteção dos menores, indica a UNICEF, num relatório publicado a 9 de janeiro. a Organização das Nações Unidas para a Infância permitiu que 750 mil crianças voltassem para a escola; desses 80 mil estão a estudar em 193 escolas construídas pela organização de acordo com normas antissísmicas. Mais de 15 mil crianças desnutridas receberam tratamentos no âmbito de 314 programas de alimentação, desenvolvidos pela UNICEF. Também se registam melhorias ao nível da proteção de menores, nomeadamente em relação às crianças a viver em instituições. Se antes do sismo não existiam quase nenhuma informação sobre o número de menores institucionalizados e o local onde eles se encontravam, atualmente já existe um anuário com esses dados. O governo ratificou a Convenção da Haia que protege os direitos das crianças, dos pais biológicos e dos pais adotivos, estabelecendo normas mínimas para as adoções. «Há provas de vitória um pouco por todo o lado, mas permanecem sérias falhas e insuficiências nas estruturas de governação de base no Haiti, garante Françoise Gruloos-ackermans, representante do UNICEF, no Haiti. «O país continua a ser um estado frágil, perante uma pobreza crónica e o subdesenvolvimento. a fraqueza das instituições deixa as crianças num estado de vulnerabilidade perante as consequências da catástrofe, acrescenta.