«ainda é cedo» e as opiniões sobre os feriados são «mais que muitas», reage o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa
«ainda é cedo» e as opiniões sobre os feriados são «mais que muitas», reage o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa a associação de Reitores de Santuários de Portugal defende que o povo deve ser auscultado na questão da abolição dos feriados. No final do encontro deste ano, em Fátima. aos jornalistas, o padre Sezinando alberto fez sentir o descontentamento de alguns reitores dos santuários marianos portugueses relativamente à possível abolição do feriado religioso de 15 de agosto, solenidade de Nossa Senhora da assunção. Isto porque numa grande parte do país, este dia é assinalado com festas e procissões. além disso, os feriados religiosos fazem parte da história e cultura do país e são de manter, defende o reitor do Santuário do Cristo Rei, em almada.

«aconselhava as pessoas que estão a manifestar esse descontentamento a ler a Concordata, onde essa questão é muito clara. aquilo que a Igreja negociou com o Estado é simples: o Estado português só se compromete com os domingos, revelou o cardeal patriarca. Se for abolido, o 15 de agosto, enquanto feriado, a festa religiosa será celebrada no domingo seguinte. No entanto e, a título particular, o cardeal defende que a festa seja mantida, ainda que possa ser necessário adaptar o horário da celebração, se for um dia de trabalho. Já não vê «dificuldades especiais em eliminar a festa do Corpo de Deus. «Não nos põe questões, realça, lembrando que é um feriado móvel.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recordou ainda que quem tem poderes para alterar os feriados é o Estado, depois de ter negociado com a Santa Sé. Mas ainda não houve qualquer pedido formal de negociações, salientou. No entanto, «todas as festas religiosas são negociáveis exceto a solenidade da Imaculada Conceição, a 8 de dezembro, cuja festa e feriado religioso é «intocável, adverte o patriarca de Lisboa.

Quanto à contestação, em jeito de resposta, o cardeal diz que «estão à procura de não mexer nos feriados religiosos. Mas – adverte – «não tenho argumentos jurídicos para o não fazer. E quanto á possibilidade dos sacerdotes serem ouvidos neste processo, adianta que as negociações são entre o Governo e a Santa Sé, embora os bispos possam ser ouvidos na CEP. a associação de Reitores havia informado que faria chegar à CEP e a cada bispo de Portugal um documento manifestando o seu descontentamento.