Documento da congregação romana para a doutrina da fé apresenta sugestões práticas para viver o ano da fé, proclamado por Bento XVI com a carta apostólica «Porta da fé», de 11 de outubro passado
Documento da congregação romana para a doutrina da fé apresenta sugestões práticas para viver o ano da fé, proclamado por Bento XVI com a carta apostólica «Porta da fé», de 11 de outubro passadoO texto apresenta uma série de orientações e iniciativas destinadas a favorecer o que, desde o início do seu pontificado, o Papa tem proposto insistentemente, isto é, o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé n’Ele. Redigido pela congregação da doutrina da fé e denominado Nota com indicações pastorais para o ano da fé, o documento será publicado a 7 de janeiro. a Igreja está bem consciente dos problemas que a fé hoje tem de enfrentar e sente mais atual do que nunca a pergunta do próprio Jesus: O Filho do Homem, quando vier, ainda encontrará fé sobre a terra? (Lc 18, 8). Pelo que o documento tira a seguinte conclusão: Se a fé não se revitalizar, tornando-se uma convicção profunda e uma força real graças ao encontro com Jesus Cristo, todas as reformas serão ineficazes. Na introdução da nota de preparação do ano da fé, que inicia a 11 de outubro de 2012 e encerra a 24 de novembro de 2013, recorda-se que o início do ano da fé coincide com ao aniversário de dois grandes acontecimentos que marcaram o rosto da Igreja: o 50º aniversário da abertura do concílio Vaticano II, a 11 de outubro de 1962, e o 20º aniversário da edição do catecismo da Igreja católica, a 11 de outubro de 1992. Sobre o concílio Vaticano II, lê-se na nota: Desde o início do seu pontificado, o Papa Bento XVI empenhou-se de maneira decidida a promover uma correta compreensão do concílio, rejeitando como errónea a chamada «hermenêutica da descontinuidade e da rutura. ao mesmo tempo, promoveu o que ele próprio chama a «hermenêutica da reforma, da renovação e da continuidade. O catecismo da Igreja católica é apresentado como um autêntico fruto do concilio Vaticano II, alinhado com a tal renovação da continuidade. a nota articula as suas propostas em quatro níveis, procurando envolver a Igreja universal, as conferências episcopais, as dioceses, as paróquias, as comunidades, as associações e os movimentos da Igreja. São sugeridas iniciativas ecuménicas para invocar e favorecer o reatamento da unidade entre todos os cristãos. aconselha-se o recurso amplo às linguagens da comunicação e da arte, transmissões televisivas ou radiofónicas, filmes e publicações, mesmo a nível popular e acessíveis a um vasto público. a nível diocesano, aconselha-se a que o ano da fé seja uma ocasião renovada para promover simpósios e jornadas de estudo. Às paróquias propõe-se a celebração da fé na liturgia e, sobretudo, na eucaristia.