O presidente da Cáritas Portuguesa reafirma a ideia de que «os ricos têm obrigação de contribuir mais para a solução da crise»
O presidente da Cáritas Portuguesa reafirma a ideia de que «os ricos têm obrigação de contribuir mais para a solução da crise»Eugénio Fonseca não ficou surpreendido com as conclusões do relatório da Comissão Europeia, que apresenta Portugal como o país onde as medidas de austeridade foram mais exigentes para os mais pobres. O documento analisa a distribuição dos efeitos das medidas de austeridade por seis países em dificuldades: Portugal, Grécia, Espanha, Irlanda, Estónia e Reino Unido.

«Só confirma o que temos vindo a alertar nos últimos anos. a riqueza está na mão de poucos, e a maioria, que contribui para a criação dessa riqueza, vive uma situação de injustiça gritante, afirmou ao Correio da Manhã. Este responsável recorda ainda que «algumas riquezas foram obtidas de uma forma pouco clara.

O presidente da Cáritas defende medidas do governo para alterar a situação e lamenta que «Portugal já seja o país com maiores assimetrias entre ricos e pobres. Eugénio Fonseca contraria os dados fornecidos pela Comissão Europeia que aponta para 20 por cento de pobres. «Não há estatística que resista ao que está a acontecer. De 2005 a 2008, passámos de 20 por cento para 17. 8 por cento da população em risco porque o Estado fez mais transferências sociais. Se não fosse o Estado Social, esse número seria de 43 por cento de pobres, explica.