as chuvas de Dezembro e a assistência humanitária ajudaram a melhorar a situação em algumas zonas da Somália, mas não nos campos de refugiados, onde se registam elevados níveis de desnutrição
as chuvas de Dezembro e a assistência humanitária ajudaram a melhorar a situação em algumas zonas da Somália, mas não nos campos de refugiados, onde se registam elevados níveis de desnutriçãoO primeiro-ministro somali nega que a população de Mogadíscio, capital, está a morrer de fome. Isto, apesar das Nações Unidas defenderem o contrário e dos elevados níveis de desnutrição que se registam nos campos, alerta a agência missionária Fides. Em Julho de 2011, as Nações Unidas declararam a fome em três regiões da Somália controladas pelos rebeldes islâmicos, al Shabaab. O grupo, aliado de al Qaeda, impediu o acesso de muitas agências humanitárias ocidentais a essas zonas.

Desde Setembro, a fome avançou para outras áreas do país do Corno de África. Milhares de pessoas morreram e 750 mil sofrem com a fome. Em Dezembro, a chuva assim como a assistência humanitária, melhorou a situação em algumas zonas da Somália. Contudo, a situação nos campos de refugiados continua alarmante.

Só na capital, Mogadíscio, existem mais de 300 campos que acolhem 185 mil deslocados. 18 mil pessoas vivem na miséria em abrigos de plástico ou papel, na localidade de Maajo. Os trabalhadores humanitários, a actuar em Mogadíscio, garantem que há melhorias mas que a emergência da fome está longe de ser resolvida. Segundo a mesma fonte, continuam a surgir diariamente casos de desnutrição.