«Queremos que o Natal, no meio deste supermercado de palavras que a sociedade nos oferece, nos aponte a proveniência da autêntica Palavra, que alterou por completo o rumo da história humana»
«Queremos que o Natal, no meio deste supermercado de palavras que a sociedade nos oferece, nos aponte a proveniência da autêntica Palavra, que alterou por completo o rumo da história humana»O arcebispo primaz de Braga centrou a reflexão da homilia da solenidade do nascimento de Jesus «no Natal como festa da Família e da Palavra, oferecida em Cristo que pode dar um sentido festivo a todas as famílias. Jorge Ortiga defendeu que «a vida, enquanto festa feliz, só acontece na família. Mas, «diariamente, somos inundados por notícias que parecem destituir o ideal familiar: as desavenças familiares, o divórcio, a negligência paternal e, sobretudo, a violência doméstica.
a vida em felicidade aponta para a «incapacidade de o homem o fazer sozinho. « a Igreja, nas suas comunidades paroquiais, que favorecem o factor de proximidade, deve promover uma acção pastoral que torne as famílias mais consistentes, considera o prelado. a família é a célula da sociedade e o primaz de Braga apela a que o Estado (e a União Europeia) «não se esqueça também de propor políticas familiares que respeitem e salvaguardem a integridade da mesma.

Na solenidade do Natal de Jesus, o arcebispo rezou para que «todos os membros das nossas famílias, em idade laboral, disponham de trabalho digno e justo para que possam viver em festa a partir da sua família, à semelhança da família de Nazaré. O prelado fez uma referência à encíclica «Laborem Exercens do Papa João Paulo II e apontou a situação grave de desemprego como um «cancro de extrema gravidade na nossa região.

Esta situação de «gravidade é «fruto duma crise provocada pela sociedade industrial e do comércio livre e «priva as famílias dos meios necessários para um sustento vital e, naturalmente, para qualquer tipo de experiência de vida em festa, salientou o também presidente da Comissão da Pastoral Social. «Para viver é necessário trabalho, mas as condições com que é exercido devem proteger a dignidade da pessoa. E «a precariedade, a incerteza, a pouca estabilidade e a insegurança laboral não garantem a festa da vida em família, alertou.