«é bom que eu exista: é bom existir como pessoa humana, mesmo em tempos difíceis. a fé faz-nos felizes a partir de dentro», afirmou o Pontífice aos cardeais e bispos da Cúria Romana
«é bom que eu exista: é bom existir como pessoa humana, mesmo em tempos difíceis. a fé faz-nos felizes a partir de dentro», afirmou o Pontífice aos cardeais e bispos da Cúria RomanaNo encontro de troca de boas-festas natalícias, o Papa referiu-se à crise da Igreja na Europa, considerando que o seu verdadeiro cerne é a crise da fé. « Se não encontrarmos uma resposta para esta crise, ou seja, se a fé não ganhar de novo vitalidade, tornando-se – graças ao encontro com Jesus Cristo – uma convicção profunda e uma força real, permanecerão ineficazes todas as outras reformas, defendeu o bispo de Roma. a crise económica e financeira com que se debate a Europa, em última análise assenta na crise ética, salientou Bento XVI. «Como anunciar hoje o Evangelho? Como pode a fé, enquanto força viva e vital, tornar-se realidade hoje?, questionou o Santo Padre, frisando que estas são as questões centrais que o anúncio do Evangelho, a Nova Evangelização, deve dar.
Em contraste com o cepticismo e a descrença que se advertem na Europa, Bento XVI considerou um grande encorajamento «a jubilosa paixão pela fé sentida em África, no Benim. «Esta fé disposta ao sacrifício sentida em África constitui «um grande remédio contra a lassidão de ser cristão que experimentamos na Europa, acrescentou. Uma experiência também vivida na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madrid. a partir da JMJ de Madrid, o Santo Padre elencou cinco etapas fundamentais no «modo novo e rejuvenescido de ser cristão. antes de mais «uma nova experiência da catolicidade, da universalidade da Igreja. O facto de todos serem irmãos torna-se uma experiência real, de que a JMJ é um exemplo. «É preciso apenas ousar o salto. Tudo isto é antecedido pelo encontro com Jesus Cristo, refere.

O terceiro e quarto elementos de um caminho de Nova Evangelização, intensamente vividos em Madrid, na JMJ, são a «adoração (acto da fé como tal, que reconhece Deus como realidade presente) e o «sacramento da Penitência. Reconhece-se que « precisamos sempre de perdão, e que perdão significa responsabilidade, também aqui contrastando a tendência ao egoísmo, ao fechar-se sobre si mesmo, ou – pior ainda – no mal, disse o Pontífice. O quinto e último elemento da JMJ é a «alegria. O factor decisivo desta alegria – considerou o Papa – é uma certeza derivada da fé: «Eu sou desejado; tenho uma tarefa; sou aceite, sou amado. O Santo Padre referiu que é preciso que o homem ouça e, não só por palavras, que é aceite e amado. «Quem não é amado, também não se pode amar a si mesmo, apontou. O homem é também acolhido e amado por Deus e disso não deve haver dúvida.