a resposta parece fácil, afinal o ser humano ? que foi criado à imagem de Deus ? tem naturalmente em si o desejo de viver, não duvidemos. Deus assim o quer também, o homem reconhece esse direito, mas será que o respeita?
a resposta parece fácil, afinal o ser humano ? que foi criado à imagem de Deus ? tem naturalmente em si o desejo de viver, não duvidemos. Deus assim o quer também, o homem reconhece esse direito, mas será que o respeita?Quando olhamos em volta temos razão para nos interrogarmos, tais são os atropelos diários que são praticados por aqueles que não reconhecem aos outros os direitos adquiridos enquanto seres humanos. Em 10 de Dezembro de 1948 a assembleia-Geral da ONU proclamou a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” que vigoram até hoje e desde então a maior parte dos Estados nela filiados reconhecem essa declaração que, no seu essencial, visa proteger o ser humano. É um longo documento de 30 artigos onde estão consignados os direitos considerados fundamentais e que os Estados devem respeitar. Vale a pena citar os artigos1. º e 3. º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
Mas já que citamos os artigos anteriores, vamos referir também parte do 29. º, para que possamos ter uma perspectiva mais abrangente: “1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade. 2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática”. Todos os outros artigos consubstanciam os direitos restantes a respeitar pelas nações aderentes à declaração comummente aceite. a maior parte dos países no Mundo aceitaram-no, mas poucos o cumprem na íntegra.

O valor mais elevado do ser humano é a sua vida, inquestionavelmente. apesar disso e da aceitação como direito fundamental, vemos e ouvimos como esses direitos são espezinhados sem dó nem piedade em todo o Mundo e pelos países com as mais variadas orientações políticas. Mata o Estado, grupos terroristas políticos, grupos com interesses económicos duvidosos, tantos organismos e pessoas que, para atingir os seus fins não olham a meios, e para quem a vida humana pouco ou nada representa. Há Estados ditos democráticos que não respeitam a liberdade e muito menos tem em conta a segurança pessoal do cidadão. Há países em que os cidadãos apenas contam como súbditos, ou seja, para servir e dar rentabilidade ao Estado e nada mais.

É caso para perguntar, mas onde está Deus entre estes povos? Muitos conhecem-no, mas outros não! Há casos em que o Estado tem uma religião e serve-se dela para oprimir o seu povo, como por exemplo em grande parte dos países do Oriente, outros que não a toleram e matam por isso. Os exemplos são infindáveis. apesar de tudo isso, faz sentido viver desde que não seja exclusivamente na procura do bem material que, em muitos casos, acaba por ser supérfluo. O segredo está na procura dos bens espirituais, aqueles que os homens não conseguem dar, mas que quantas vezes querem tirar estupidamente. Podemos ter pouco ou mesmo o insuficiente para viver, mas se o nosso coração se abrir ao próximo e procurar a rectidão de intenção, não tenhamos receio que Deus estará connosco. Só desta forma faz sentido viver, pois de outra morrendo espiritualmente, será uma morte dupla e sem remissão, coisa que Deus não quer, por que Ele veio ao Mundo para nos salvar.