Observadores internacionais do Centro Carter declararam que os resultados das eleições presidenciais vencidas pelo actual presidente, Joseph Kabila, foram marcadas por grossas irregularidades que “não têm credibilidade”
Observadores internacionais do Centro Carter declararam que os resultados das eleições presidenciais vencidas pelo actual presidente, Joseph Kabila, foram marcadas por grossas irregularidades que “não têm credibilidade”O Centro Carter considera que os resultados provisórios das eleições presidenciais anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (ENI), em 9 de Dezembro, na República Democrática do Congo não têm credibilidade, declarou em comunicado esta organização não-governamental (ONG). a CENI proclamou Joseph Kabila vencedor com 48,95 por cento dos votos contra 32,33 do seu opositor Etienne Tshisekedi.
O vencido Tshisekedi recusou, imediatamente depois do anúncio, os resultados das eleições e autoproclamou-se presidente eleito. Considero-me a partir de hoje o presidente eleito da República Democrática do Congo, declarou Tshisekedi, que agradeceu aos seus compatriotas a confiança. O governo congolês considerou uma infracção à lei e um atentado à Constituição a proclamação de Etienne Tshisekedi, de 78 anos, como presidente da República Democrática do Congo. Está instalado o caos na capital congolesa e a situação é tensa, depois de violentos protestos em diversas partes de Kinshasa que deixaram pelo menos quatro mortos no terreno.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pediu calma à RD Congo, afirmando que os resultados oficiais do pleito deram vitória a Kabila. apelou ao povo a resolver as diferenças pacificamente, através de mecanismos legais e da mediação, anunciou o porta-voz Martin Nesirky, em comunicado. Depois do assassinato do seu pai, Laurent Désiré, em 2001, Joseph Kabila foi designado chefe de estado em 2001, tendo sido finalmente eleito, pela primeira vez, em 2006.