após duas semanas de negociações na cimeira da Conferência das Nações Unidas sobre alterações Climáticas, a Cop-17, árduas negociações tentam alcançar, em Durban, África do Sul, um acordo difícil de conseguir
após duas semanas de negociações na cimeira da Conferência das Nações Unidas sobre alterações Climáticas, a Cop-17, árduas negociações tentam alcançar, em Durban, África do Sul, um acordo difícil de conseguirUm acordo está ao alcance das mãos, declarou um negociador, numa demonstração do optimismo que começou a aflorar após o desânimo iniciado na noite de ontem, 9 de Dezembro. Na madrugada de hoje, a presidência da conferência, a cargo da África do Sul, apresentou novos textos aos 50 ministros que negoceiam em nome dos 195 países presentes na Cop-17. a cimeira já deveria ter terminado na sexta-feira. Se se alongar por muito mais tempo, pode ser que não haja quórum, porque as pessoas têm de ir embora. Existem elementos suficientes para a obtenção de um resultado equilibrado.

antes da cimeira terminar, pretende-se alcançar um segundo período para o Protocolo de Kioto, o único tratado vigente – ratificado por 37 nações industrializadas, mas não pelos Estados Unidos – sobre corte de gases de efeito estufa, e preparar as bases para um futuro acordo global de carácter vinculativo. Deve também entrar em vigor o Fundo Verde para o Clima, através do qual os países desenvolvidos se comprometem a proporcionar, a partir de 2020, uma verba anual aos países mais desfavorecidos para que esses se adaptem e combatam as alterações climáticas.

a União Europeia, apoiada por países africanos, os Estados insulares mais ameaçados do Pacífico e do Caribe e os países menos desenvolvidos, exige um acordo global juridicamente vinculativo de corte de emissões que entre em vigor até 2020, em troca de um segundo período de compromisso do Protocolo de Kioto, que expira em 2012. Rússia, Canadá e Japão anunciaram que não assinarão um segundo acordo. China e Estados Unidos, os dois principais emissores de gases do efeito estufa, levantaram durante estas duas semanas de negociações em Durban a hipótese de apoiarem um acordo juridicamente vinculativo sobre redução de gases, uma postura compartilhada pela Índia, que reivindica o direito de desenvolver a sua economia.