Na campanha a favor da libertação do dissidente chinês preso, premiado do ano passado, cinco prémios Nóbel da Paz receiam que o mundo esqueça que Liu Xiaobo ainda continua na prisão
Na campanha a favor da libertação do dissidente chinês preso, premiado do ano passado, cinco prémios Nóbel da Paz receiam que o mundo esqueça que Liu Xiaobo ainda continua na prisãoPouco antes da cerimónia de entrega do Prémio Nóbel da Paz de 2011, neste sábado, 10 de Dezembro, antigos premiados e grupos de direitos humanos anunciaram a criação de um comité de apoio a Liu Xiaobo. Trata-se de um artista galardoado com o Nóbel, em 2010, que se encontra na prisão a cumprir uma pena de 11 anos, acusado de participar na redacção de um manifesto que solicitava a abertura da China à democracia. O comité, que inclui o arcebispo Desmond Tutu, ícone sul-africano da luta anti-apartheid, expressou o seu medo de que a China silencie os amigos e familiares de Liu, depois de realizar uma primeira onda de intimidação internacional.

a comunidade internacional parece ter esquecido que um ano depois da cerimónia de entrega do prémio, Liu Xiaobo permanece ainda na prisão, na China, em duras condições, declarou o grupo no seu primeiro comunicado. O comité chama aqueles que estão comprometidos com a liberdade de pensamento e de opinião a unirem-se ao comité nos seus esforços para obter a libertação de Liu Xiaobo, lê-se no comunicado. Outros vencedores do Nóbel da Paz que participam na iniciativa são a advogada iraniana militante dos direitos humanos, Shirin Ebadi, a ativista Jody Williams e as defensoras de uma solução pacífica para o conflito na Irlanda do Norte, Mairead Maguire e Betty Williams. Outra personalidade que integra o comité é o ex-presidente checo Vaclav Havel.