Forças armadas Revolucionárias da Colômbia fazem saber que continuarão a libertar reféns de forma unilateral, apesar do incidente de 26 de Novembro, em que a guerrilha matou quatro soldados colombianos no sul do país
Forças armadas Revolucionárias da Colômbia fazem saber que continuarão a libertar reféns de forma unilateral, apesar do incidente de 26 de Novembro, em que a guerrilha matou quatro soldados colombianos no sul do paísO anúncio das FaRC – Forças armadas Revolucionárias da Colômbia – é a resposta ao pedido de um grupo de mulheres de vários países, lideradas pela ex-senadora colombiana Piedad Córdoba. O grupo, que solicitou à guerrilha a libertação dos reféns, procura uma saída negociada para o conflito. Na sua mensagem, as FaRC declaram: a luta pela troca de prisioneiros e pela paz da Colômbia não pára. a guerrilha pretende continuar a explorar todas as vias que possam levar à libertação unilateral dos prisioneiros de guerra. Esta vontade já tinha sido anunciada numa carta anterior, cuja divulgação coincidiu com a operação militar que terminou com a execução de quatro reféns por parte da guerrilha.

a guerrilha procederá às libertações sem indicar o número de reféns envolvidos, embora alguns deles tenham caído na insensata tentativa de resgate militar. É uma alusão à execução dos três polícias e um militar, em 26 de Novembro, durante uma operação militar. Datada de 1 de dezembro, a carta é dirigida às activistas Piedad Córdoba, que em 2010 foi acusada de colaboração com as FaRC, Lucía Topolanski, Jody Williams, Elena Poniatowska, alice Williams, Mirta Baravalle, Isabel allende, Rigoberta Menchú, Socorro Gómez, Hermana Elsie Mongue e ângela Jeira. algumas destas mulheres reuniram-se em Bogotá, em 7 de Dezembro, após a divulgação do comunicado das FaRC, e pediram ao governo colombiano que garanta as condições para que as libertações prometidas pela guerrilha possam ter lugar.

Fazemos um apelo ao governo colombiano para que garanta as condições de libertação com vida de todos os reféns em poder das FaRC-EP, descartando a possibilidade de resgate a sangue e fogo, anunciou a hondurenha Xiomara Castro, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya e coordenadora da entidade «Mulheres em Resistência em Honduras.como membro do movimento «Colombianos e Colombianas pela Paz, a ex-senadora Piedad Córdoba tratou com as FaRC, nos últimos quatro anos, para que a guerrilha pusesse em liberdade incondicional alguns reféns. O anúncio das FaRC, em 1 de Dezembro, coincidiu com as grandes manifestações em toda a Colômbia, para pedir a libertação dos reféns e o fim de toda forma de violência no país, que vive um conflito armado há quase 50 anos.